sexta-feira, 27 de abril de 2012

Humildade ou Soberba?

Humildade ou Soberba?

Muitas das vezes, em nossa vida, nosso ego é provado. E aqueles momentos, em que, quando você se sente certo, e os outros te acham errado, quando na verdade, você está realmente errado? Ou aqueles, em que você, para não ficar como o errado na história, se justifica?

É, estas atitudes acima, são exemplos da soberba. Então, quando vemos que, devemos ser honestos o bastante, para admitirmos que erramos, ou, quando dizem que estamos errados, nós simplesmente aceitamos, quando vemos estas coisas, tudo parece ser mais difícil.

Bem, serei claro nas definições de humildade e soberba. Para facilitar, direi que, a soberba é o que conhecemos como orgulho, e humildade, é o oposto do orgulho. Um exemplo de uma pessoa humilde, é que, quando ela erra, primeiro, é honesta para admitir seus erros, segundo, ela ouve quieta uma repreensão. Já a pessoa soberba, ou orgulhosa, ela faz de tudo para se justificar e não ficar de errada na história, como dito acima, e, quando consegue alguma vitória, acha que foi pelas suas habilidades, e que é boa o bastante para isso. Já o humilde, ele reconhece que isso foi à custa de muito esforço, e muita batalha, e, o principal, GRAÇAS A DEUS!

Pois é! O sábio rei Salomão já dizia: "...a humildade antecede a honra." (Pv 15:33; Pv 18:12 - NVI). O problema todo, como podemos ver, é quando nós queremos defender nosso eu, nosso ego. É difícil ser humilde, essa é a realidade. E é fato também, que, maior exemplo de humildade que o Senhor Jesus, não existe. Existem sim, pessoas que seguem Este exemplo, mas não existem pessoas maiores que este. Paulo, por exemplo, foi um imitador de Cristo (1Co 11:1), e até a morte (2Tm 4:7)!

Jesus foi tão humilde, que, até mesmo, nos Seus últimos momentos aqui na Terra. Fez muito mais que nós poderíamos fazer, em quesito de humildade. Ele, estando certo, não se defendeu, e, ao invés de Se justificar, ficou calado, até o fim (Mt 26:59-63; Mt 27:12-14). O Senhor Jesus, durante Sua vida terrena, assim nos falou: "Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa." (Mt 5:11)

Para nós, independente dos momentos, das provas, das vergonhas, e da revolta, o melhor, é fazer a vontade de Deus. Para isso, devemos nos esvaziar, devemos rever nossos conceitos, devemos NASCER DE NOVO (Jo 3:3). E, para começar, nada melhor que renovar nossa mente na Palavra de Deus (Rm 12:2).

Nascer de novo engloba muitas coisas, como, primeiramente, aceitar, crer e confessar ao Senhor Jesus (Rm 10:9,10), nascer da água da Palavra (Ef 5:26) e nascer como um filho, para Deus, pelo Espírito Santo, que nos adota para Ele (Rm 8:15,16), isto sim, é nascer de novo (Jo 3:5).

O que humildade não é? Humildade não é pobreza, como muitos acham. É comum chamarem o pobre de humilde. Porém, nem todo pobre é humilde, e muitos até têm mania de grandeza. Daí, se vê que pobreza e humildade não tem muito em comum. Mas, existem pobres, que, pelo fato de sua pobreza, são humildes, e a vida os ensina a ser humildes. Outra coisa, também, é que também existem ricos humildes, principalmente os emergentes, estes, por uma vez terem conhecido a pobreza, e tê-la encarado de frente, os fez aprender a humildade.

Então, sabendo-se de tudo isso, que faça parte de nossa oração DEUS REVESTIR-NOS DE HUMILDADE! Esta deve ser uma prioridade nas petições, pois, como dito acima, nenhum outro exemplo maior de humildade há, senão o Senhor Jesus Cristo: "Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz." (Fp 2:6-8 - ACF)

Já dizia Tiago, irmão do Senhor Jesus: "Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes." (Tg 4:6 - Também o apóstolo Pedro: 1Pe 5:5). Muitas repreensões ao comportamento orgulhoso, na Bíblia, são apresentados, mas muitos elogios, também, são apresentados aos humildes. É compensador ser humilde, pois nós, quando somos humildes, fazemos com que, Deus seja glorificado em nós, pelo que fazemos, pelo que dizemos, e pelo testemunho que deixamos. Todas estas coisas, são para a glória de Deus.

Veja, por exemplo, quando Jesus falou da esmola, Ele disse que, a forma mais humilde de fazer, é, como dito popularmente, "fazer na encolha", para que ninguém saiba, consequentemente (Mt 6:3,4), ou então, quando fala da oração, diz para não sermos exibidos, mas que oremos na nossa, isto é, não que proíba de orar em voz audível, num propósito em comum, da Igreja, como uma intercessão pelas causas da Igreja, mas, no caso, Ele proíbe que façamos isso com a intenção de querermos mostrar que somos santos para os homens, e buscarmos ser glorificados nisso, ou buscarmos ser louvados, buscarmos ser ELOGIADOS, em outras palavras (Mt 6:5), por isso, para evitar esta possibilidade, que oremos num lugar que só nós e Deus, estejamos, em particular (Mt 6:6). Por fim, quando Ele relata do jejum, diz para não sermos exibidos, como os fariseus eram, desfigurando o rosto (Mt 6:16b), com aquele velho costume oriental, de usar um pano de saco grosseiro, e jogar cinzas em si mesmo (Is 58:5), e era mais para luto (Mt 6:16a).

O jejum não deve ser para o fim de exibicionismo, de se mostrar "santinho" para os outros. Não, não o deve. Antes, deve ser, como na boa cultura cristã, para consagração espiritual a Deus, consagração da tua vida a Deus (Mt 17:21d; Mc 9:29d). Diz a Bíblia, que, sem consagração, não podemos ver a Deus (Hb 12:14bc), ou seja, os Seus mistérios mais profundos não nos podem ser revelados, como o foi a Daniel, por exemplo (Dn 10:3), ou, principalmente, a Moisés (Êx 34:28; Dt 9:9,18), também a rainha Ester e o povo de Israel, para receberem livramento do Senhor, pela Sua potente mão (Et 6:17,18; Et 9:31), ou mais ainda, com o Exemplo dos exemplo, nosso Senhor Jesus, para se consagrar, e vencer o Diabo, evitando ceder às Suas tentações (Mt 4:2; Lc 4:2), e desde o nascimento até a morte, nenhum pecado cometeu (Hb 4:15; 1Pe 2:22).

Bem, não precisamos ser tão intensos, como o foram estes virtuosos homens de Deus, principalmente, nosso Deus, que como Homem, nos deu o maior exemplo, mas por este testemunho, vemos que o jejum legítimo, envolve abstinência de comida, como dito nas referências acima, e se possível, dependendo do momento, de algo para beber.

Então, voltando ao foco da humildade, e no jejum, para nos distinguirmos dos outros, que, por sua hipocrisia, faziam isto com exibicionismo, e ainda há alguns que o fazem hoje, façamos isto como o Senhor Jesus falou, para sermos a diferença, e, não nós, mas o Senhor ser glorificado (Mt 6:17,18).

É difícil ser humilde? É, claro que é! Quanta tentação há de sermos o centro das atenções, né? Mas não se preocupe, a humildade tem a sua recompensa: "...o que a si mesmo se humilhar será exaltado." (Mt 23:12b - ACF) Jesus é o maior exemplo de HUMILDADE, e também, por ter sido tal, teve a maior EXALTAÇÃO: "Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai." (Fp 2:9-11 - ARC)

Que Deus abençoe a todos vós!

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Desmistificando certas tradições

Desmistificando certas tradições

Quando alguém morre, se torna um anjo?


Certa criança, uma menina chamada Argyro, morreu com apenas 7 anos de idade. Arrasados, seus pais a observavam no caixão, vestida de branco. Com a intenção de tentar consolá-los, um certo religioso disse-lhes: “Deus queria mais um anjo no Céu e levou Argyro para ficar com Ele. Agora, sua alma voa ao redor do trono do Todo-Poderoso.”

Então, baseando-se nesta antiga tradição, muitos creem, que, após a morte, o ser humano se torna um anjo. Porém, não é isto o que a Bíblia frisa, mas, antes, ela diferencia o homem do anjo: "Que é o homem mortal para que te lembres dele? E o filho do homem, para que o visites? Pois pouco menor o fizeste do que os anjos, e de glória e de honra o coroaste. Fazes com que ele tenha domínio sobre as obras das tuas mãos; tudo puseste debaixo de seus pés:" (Sl 8:4,5; Hb 2:6-8).

Portanto, anjo e homem não são similares, mas, antes, são diferentes. E, diferente do homem, que, segundo mostra a Bíblia em Gênesis, é um ser físico (Gn 2:7), mas o anjo, ela distingue dizendo que os anjos são espíritos (Sl 104:4; Hb 1:7). Outro detalhe, é que os anjos foram criados primeiro que os homens, a ponto de eles mesmos terem sido testemunhas (Jo 38:7) da criação da Terra (Jo 38:1-6).

Mas, então, o que acontece, então? Justamente o que ocorre, não na "parábola", mas na história de um rico e de um mendigo chamado Lázaro, em Lucas, no 16º capítulo (Lc 16:19-31). A Bíblia é clara ao dizer o que ocorre após a morte nesta passagem, ao dizer: "Veio a morrer o mendigo, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o rico, e foi sepultado. No inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe a Abraão, e a Lázaro no seu seio." (Lc 16:22,23). Ou seja, não disse nesta passagem, que, após morrerem ambos, eles se tornaram anjos, mas apenas que, foi cada um para o seu lugar, na esfera espiritual.

Para falar, de forma resumida, usarei apenas 2 passagens, uma, na carta de Tiago, irmão do Senhor, e em Eclesiastes, livro que escreveu o rei Salomão, em sua velhice. Tiago diz: "...o corpo sem o espírito está morto,..." (Tg 2:26b). Salomão diz: "e o pó volte para a terra como o era, e o espírito volte a Deus que o deu." (Ec 12:7). Em poucas palavras, primeiro, há a separação da parte espiritual e da parte material do homem, e segundo, Deus decide para onde estes vão, e cumpre Sua ordem, conforme se viu no fato acima, em Lucas, por meio dos anjos. Outro detalhe, jamais se deve confundir alma com espírito. Paulo fala que, temos corpo, alma e espírito (1Ts 5:23b). De fato, alma e espírito parecem ser uma coisa, de tão entrelaçados que a Bíblia mostra que são, pois ora aparece falando alma, ora espírito. Mas quando a Palavra de Deus é pregada, e a pessoa dá ouvidos à ela, ela penetra no mais profundo do ser humano, inclusive na divisão da alma e do espírito (Hb 4:12c). Quando se trata de espírito, aparece sempre a Bíblia ligando-o com assuntos racionais (At 19:21a), mas quando se trata da alma, sempre é ligada com assuntos emocionais (Sl 119:28a). E também, quando fala do espírito, neste caso que falo agora, do espírito humano, pois a Bíblia fala de seres espirituais, de espíritos, quando ela fala do espírito, então, ela diz que esta parte do homem o liga à Deus (Rm 1:9a), pois Ele é Espírito (Jo 4:24a).

Uma curiosidade bíblica, que, talvez deixasse muitos de "cabeça encucada", se encontra no Evangelho. Em certo lugar (Mt 22:23-33; Mc 12:18-27; Lc 20:27-40), Jesus fala aos saduceus, que: "Pois na ressurreição nem os homens casam, nem as mulheres são dadas em casamento porém são como os anjos no céu." (Mt 22:30). Então, para se evitar a confusão, deve-se analisar, que, primeiro, Jesus disse "são como os anjos no Céu", ou seja, não disse que são anjos, mas são como se fossem anjos, porque "nem os homens casam, nem as mulheres são dadas em casamento", mas, é "na ressurreição". Até aí, talvez ainda sobre alguma dúvida. Por exemplo: porque Jesus compara o ressurreto com um anjo do Céu? Observe o que Ele fala no Evangelho de Lucas: "Porque já não podem mais morrer; pois são iguais aos anjos, e são filhos de Deus, sendo filhos da ressurreição." (Lc 20:36).

E, para a glória de Deus, Jesus resolve esta questão com clareza, ao dizer neste versículo: "Porque já não podem mais morrer". Eis a questão, pois, tal como os anjos são imortais, tal serão os homens ressurretos!

Outro detalhe, para se entender melhor a situação, e resumir tudo o que foi falado. Primeiro, há a morte, depois, se espera no mundo espiritual, para os justos, hoje, no Céu (pois antes era no Seio de Abraão, ou seja, na região espiritual onde se encontrava Abraão e os demais justos), ou no Inferno, para os ímpios. Depois, nos últimos dias, haverá a ressurreição, num tempo, dos justos, e noutro tempo, dos ímpios, uma, para estar eternamente com Deus, outra, para estar eternamente ausente de Deus, em tormentos eternos (Jo 5:29).

O apóstolo Pedro é o porteiro do Céu?


Vemos no Evangelho segundo Mateus, que, o Senhor Jesus dá a Pedro as chaves do Reino dos Céus. Ora, será que são estas chaves literais? Não, antes são símbolos de acesso (Mt 16:19), ou autoridade (Ap 1:18c), ou oportunidade ao seu dispor (Ap 3:7; Is 22:22). Portanto, é apenas um uso simbólico o termo chave. Mas, Jesus deu-a somente à Pedro? Comumente, isto é pregado no meio católico, mas não é o que a Bíblia diz (Mt 18:18-20).





Para esclarecimentos, primeiro, a chave que foi dada à Pedro e à igreja, é o Evangelho, que faz com que abramos o Céu, ou, ofereçamos a Salvação, através da pregação desta mensagem, a uma pessoa que crê, após ouvir a pregação, e faz com que fechemos o Céu para quem não quiser crer, como é visto em Marcos (Mc 16:16) e João (Jo 3:18), segundo, a chave do Senhor Jesus e a chave de Eliaquim, no caso, a chave de Davi, que abre, e ninguém fecha, e fecha, e ninguém abre, é a oportunidade que tem nas mãos, que pode ter quando quiser, visto que a oportunidade é uma porta, e a chave dá acesso à esta oportunidade. E, terceiro, as chaves da Morte e do Inferno, que o Senhor Jesus tem nas mãos, seriam autoridade sobre a morte, porque Ele ressuscitou, e a morte não O deteve, e autoridade sobre o Inferno, porque na cruz venceu o pecado.

O Inferno é o lugar do tormento eterno?


Por falta de profundidade no estudo deste assunto, muitos deixam certos detalhes para trás. Pois é! Na verdade, o Inferno não é o lugar do tormento eterno, mas é um lugar espiritual onde se experimentará como é o tormento eterno no Lago de Fogo. O Lago de Fogo, este sim, é o lugar do tormento eterno. Até porque, a Morte, o último inimigo a ser derrotado (1Co 15:26), e o Inferno, estes serão lançados no Lago de Fogo (Ap 20:14), tal como todo aquele que não for encontrado escrito no Livro da Vida, no caso, a lista dos salvos (Ap 20:15).

Outra coisa deve ser dita. Demônios não moram no Inferno, declaração que não se respalda na Bíblia, mas em tradições humanas, antes, eles habitam regiões celestiais, como diz o apóstolo Paulo (Ef 2:2; Ef 6:12), porém, claro, longe da presença de Deus, que habita no mais sublime dos Céus, o Terceiro Céu (2Co 12:2,4). Há, porém, um certo número de demônios que não estão livres momentaneamente, que nem estes, mas, que se encontram presos, não no Inferno, que a Bíblia mostra ser um lugar exclusivo para o ser humano impenitente, mas no Abismo, um "Inferno" exclusivo para demônios, e lá, há um líder sobre eles, um demônio chamado Destruidor, em hebraico Adadon, e em grego Apolion (Ap 9:11). E lá estão, por que são tão cruéis, que Deus achou melhor que estivessem lá, e, estão guardados para serem soltos nos tempos dos juízos que Deus enviará à Terra, nos tempos do reino do Anticristo, mais precisamente, no toque da quinta trombeta (Ap 9:1), são demônios com aparência de gafanhotos (Ap 9:3).

É o Diabo da forma como falam?


Dizem que o Diabo é um ser, de cor avermelhada, com 2 chifres (uns dizem ser na testa, outros dizem ser na cabeça), com uma calda pontuda, em forma de V, e com um tridente, e barbudo, e de orelhas pontudas, como de um elfo. É assim que a Bíblia o descreve?


Outros até ousam dizer, que, não só o Diabo, mas também os demônios, têm asas.



Na realidade, isto não passa de um terrível engano. Isto não passa de uma tradição do Clero, atualmente, a Igreja Católica que conhecemos, que, para não perder seus fiéis, usaram da aparência de certo ser, idolatrado pelos templários, para colocar um "terror psicológico". Este ser se chamava Baphomet.



Outros, numa imaginação ainda maior, pegam um pouco da descrição de outra criatura, da Mitologia Grega, o sátiro. Isto é, quando alguns dos que falam da aparência do Diabo, falam que ele tem pernas peludas e patas de um bode, como é o caso do sátiro.

Aí, então surgiria a pergunta, mediante estes fatos: Se ele não é assim, como ele é? Ora, ele é como um querubim é (Ez 1:4-15; Ez 10:12-15). Por quê? Ele era um querubim (Ez 28:14). E ainda o é, porém, não mais na presença de Deus, junto com o 1/3 de anjos que influenciou para a rebelião contra Deus (Ap 12:4). É um anjo das trevas, que busca muitas vezes se transfigurar em anjo de luz, para enganar a muitos (2Co 11:14). Bem, isto é, todos os demônios que circulam, momentaneamente, livres, até que sejam totalmente condenados. Já os demônios presos no Abismo, estes sim, pode-se dizer que têm aparência horrenda.

E outros, pegando ao pé da letra o que se fala em Apocalipse (Ap 12), acham que o Diabo é um dragão. Mas, observe só, uns detalhes diferentes. 1, tinha 7 cabeças, 2, tinha 10 chifres (Ap 12:3). Porém, não se deve levar de forma literal. Como se vê em Apocalipse (Ap 17), cabeças representam extensão do reino (Ap 17:9), também, os próprios regentes do reino (Ap 17:10), e chifres, representa reis (Ap 17:12), que reinam juntos. Sem falar, que, o próprio Diabo passará ao Anticristo o seu reino (Ap 13:1,2), que é, o atual sistema governamental mundial (2Co 4:4).

Portanto, o dragão não passa de um simbolismo... Como dito acima, ele é um anjo, só que, das trevas.

Os anjos têm asas?


Outra tradição enganosa, que até hoje é disseminada, é dizerem que os anjos têm asas. Em parte, é verdadeiro, em parte, é falso. Como se sabe, por poucos, que estudam o assunto, existe uma hierarquia entre os anjos. Os anjos do Primeiro Céu, são anjo (em quase toda Bíblia), arcanjo (na carta de Judas, irmão do Senhor, e, no Livro do profeta Daniel) e principado (na carta de Paulo aos efésios). Depois, os anjos do Segundo Céu, que são potestade (em Efésios), virtude (Efésios) e dominação (Efésios e Colossenses). E, por fim, os anjos da esfera espiritual mais alta, e os mais próximos de Deus, são os tronos (ou, ofanins, que são as rodas do Livro do profeta Ezequiel, no 1º capítulo, e no 10º capítulo e Colossenses), querubins (Ezequiel), seres viventes (Apocalipse) e serafins (Isaías). 

Ou seja, há cada uma classe diferente, não são todos uma coisa só. Em parte é verdade, o fato de anjos terem asas, porque, os querubins, seres viventes e serafins, são os únicos, que, biblicamente, têm asas. Já dos tronos para baixo, nenhum deles têm asas. Os anjos, a última e menor classe da hierarquia angelical, é descrita a sua aparência como de homem, em toda ocorrência bíblica (Dn 8:15,16; Gn 18:2,16; Gn 19:1). No caso, não tem essa de que anjos sejam crianças, ou bebês, ou mulheres, como no caso das ditas "anjas".

É Jesus da forma como falam?

Uns, dizem que Jesus têm aparência de um japonês, outros, que Ele têm a aparência de um negro, outros, dizem que têm a aparência de um europeu, e outros, que Ele têm aparência de um moreno. Pois bem, quanto a isto, não há uma opinião muito certa, pois todas não passam de cogitação, e nenhuma delas possui respaldo bíblico, visto que a Bíblia não fala do assunto, salvo quando se trata Dele já glorificado (Ap 1:12-17; Dn 10:5,6).

Mas uma coisa é certa, não há como ser branco nas regiões de Nazaré, com o sol escaldante de lá... Outro detalhe, para esclarecimento, é que, certo é que Ele não tinha e não têm cabelos longos (1Co 11:14). Os únicos que tinham cabelos longos, eram reis, como Salomão (Ct 5:11). Também é correto que os judeus, salvo os nazireus, que eram homens que, de uma forma diferente, se consagravam a Deus, e, como dito acima, os reis, não tinham cabelos longos, pois tinham o costume de cortá-lo, diferente dos nazireus, que não cortavam (Nm 6:9; Jz 13:5). Mais ainda: se Jesus fosse nazireu, Ele não poderia beber vinho (Nm 6:3), e nem se aproximar de mortos (Nm 6:6), e foi justamente o que fez (Lc 7:34; Jo 11:38,41).

Sinceramente, o mais engraçado, é o fato de colocarem até hoje esse Jesus europeu, loiro, de olhos azuis, barbudo e de cabelos longos (como na foto abaixo). Que mentira deslavada (rsrsrs).



Há, porém, outro detalhe que não deve ser ignorado: dizem, baseado em Isaías (Is 53:2), que Jesus era feio. Será mesmo que este é o contexto deste versículo. Onde está a lei do "texto fora de contexto vira pretexto para heresia!", já esqueceram? É triste como a ignorância de certos detalhes faz com que, homens e mulheres de Deus falem aquilo que não deviam, e quando vão se arrepender, ao verem o erro de suas palavras, já é tarde. 

Lendo todo o capítulo 53, do Livro do profeta Isaías, percebe-se que o versículo 2 não quer dizer que Jesus era feio, mas percebem-se algumas coisas: 1, depois de ter sido torturado e flagelado, não tinham coragem para olhar Ele, outros, falavam mal Dele, com desprezo (Is 53:3; Mt 27:39-44), 2, Ele estava na cruz, levou sobre Si nossas dores e nossas enfermidades, e todos pensavam que isto era uma punição de Deus para Ele (Is 53:4), 3, que Ele levou sobre Si as nossas transgressões, e recebeu sobre Si a nossa pena, a pena de morte, por causa do pecado, por amor a nós (Is 53:5; Rm 6:23), 4, não Se defendeu das acusações dos líderes religiosos judaicos, nem das blasfêmias dos ladrões, dos romanos e do povo israelita, nem muito menos reclamou (Is 53:7; Mt 26:62; Mt 27:11-14), 5, iam sepultá-Lo com os ladrões, mas José de Arimateia, judeu rico, interveio, e sepultou-O em seu sepulcro, que era uma propriedade particular sua (Is 53:9; Mt 27:57-60), 6, o amor de Deus foi maior pelo ser humano, sendo mais agradável à Ele, entregar Seu Filho, Jesus, do que ver a raça humana estar perdida (Is 53:10; Jo 3:16), e, 7, depois que Jesus viu, que, Sua obra redentora já se cumpriu, percebeu que já havia cumprido Seu objetivo, e se satisfez, porque agora havia uma chance do homem voltar para Deus (Is 53:11; Jo 19:30).

Não só na cruz, mas também, durante Suas obras prodigiosas, levou sobre Si as nossas dores e enfermidades (Is 53:4; Mt 8:16,17). Estes são apenas uns poucos detalhes, para ver quão ridículo é se pegar um versículo e interpretá-lo a seu bel-prazer, e ignorar o verdadeiro contexto, como o mostrado acima, e pensar tal bobagem do versículo 2, do capítulo 53. Aí sim, concordo que Jesus era feio, feio sim, neste momento de flagelos recebidos da cabeça aos pés. Afinal, é muito difícil alguém, depois de tanto apanhar, e assim, estar desfigurado, ser reputado por belo, pelo contrário, antes, passa a ser ícone de assombro. Por isso, até mesmo certos detalhes, que parecem pequenos, devem ser notados, todo contexto tem que ser notado, para nenhuma falácia ser dita.

Jesus ressuscitou no terceiro dia?

Não, antes, Ele ressuscitou no quarto dia após a Sua morte. Por quê? Porque, primeiro, Ele mesmo disse, que, só após 3 dias e 3 noites, haveria de ressuscitar (Mt 12:40), segundo, Marcos fala, em seu Evangelho, que depois 3 dias Ele disse que ressuscitaria (Mc 8:31). Logo, ressuscitar "ao terceiro dia" não tem nada a ver com "no terceiro dia".

Justamente o que uma das maiores mentiras, propagada até hoje, diz, que Ele morreu na sexta, e ressuscitou no domingo. Não é isso o que a Bíblia diz. Antes, relata que Ele apareceu a Maria Madalena (Mc 16:9).

Portanto, o certo é, Ele morreu numa quarta-feira à tarde, e assim permaneceu até sábado à tarde, dando exatamente o tempo que Ele mesmo estipulou de 3 dias e 3 noites, como dito acima, então, ressuscitou no sábado à noite, e manifestou-se à Maria Madalena no domingo, como seria a real tradução do texto: “E [Jesus] tendo ressuscitado, na manhã do primeiro dia da semana (grego mia tou sabbaton, que seria, na realidade, primeiro [dia] dos sábados, e, diga-se de passagem, seria o primeiro dia dos sábados da Festa de Pentecostes, como se vê em Levítico [Lv 23:15-17], e se faz menção de semanas, porque Pentecostes é, no hebraico, conhecido como Shavuot, que seria Semanas [Festa das Semanas – Dt 16:10], em hebraico, ou, literalmente, Setes, plural do número 7 em hebraico) apareceu primeiramente a Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete demônios.” (Mc 16:9). Afinal, porque não no sábado? Pois o Senhor Jesus é Senhor do Sábado (Mt 12:8; Mc 2:28; Lc 6:5)! Glórias a Ele!

Jesus nasceu no dia 25 de dezembro?

Isto, também, não passa de uma outra tradição. Não é bíblico. Mas é um dia ligado aos ídolos, como Apolo, o deus-sol, na Mitologia Grega. Manifestamente apoiada pelo povo católico, que segue à Tradição, pois para eles, a Escritura não basta, porque o escrito tradicional respalda tal fato, e também apoiado por alguns cristãos que desconhecem a realidade.

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E, estas são apenas uma das mentiras milenares, que, pelo zelo que tenho pela Verdade, devo desmascarar. Assim, glorifico a Deus por ter me permitido conhecê-la.

Termino este post, portanto, deixando uma passagem, que, fala muito bem quanto a esta situação: "E conhecereis a Verdade, e a Verdade vos libertará." (Jo 8:32). Mas, não é qualquer verdade, mas a Palavra de Deus (Jo 17:17).

Que Deus vos abençoe, em nome de Jesus!


terça-feira, 10 de abril de 2012

O poder da Fé

O poder da Fé


É tão fácil crer nas promessas do Novo Testamento que são futuras... Quero ver é crer nas que são presentes, e principalmente numa, que muitos não conseguem crer: nas do Antigo Testamento, que, dependendo do nível da Fé da pessoa, são difíceis de crer.

Ter Fé não se resume em crer em Deus, mas crer que Ele pode operar o IMPOSSÍVEL. Isto é a verdadeira FÉ, e colocarei em 4 diferentes traduções um versículo que dá a definição desta palavra (Hb 11:1): "Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam [e] a prova das coisas que se não veem." (na ARC - Almeida Revista e Corrigida de 1995, da SBB - Sociedade Bíblica do Brasil); "Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos." (ARA - Almeida Revista e Atualizada de 1993, da SBB - Sociedade Bíblica do Brasil); "Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos." (na NVI - Nova Versão Internacional, da Editora Vida); "A fé é a certeza de que vamos receber as coisas que esperamos e a prova de que existem coisas que não podemos ver." (da NTLH - Nova Tradução na Linguagem de Hoje, da SBB - Sociedade Bíblica do Brasil). 

Podemos ver de onde deriva a palavra Fé: emunah (hebraico, Antigo Testamento), pistis (grego, Novo Testamento) e fide (latim, Antigo e Novo Testamentos). Pelo que se pode analisar, esta é uma palavra polissêmica (que têm vários sentidos, visto, que, no hebraico e no grego, não havia muitas palavras, e uma mesma palavra era usada para vários fins). À partir daí, vemos 2 possibilidades de tradução: ou fé, ou fidelidade. Por exemplo, fé é vista em Habacuque (Hb 2:4), mas poderia ser também traduzida por fidelidade, segundo seu contexto, e, este versículo se encontra no Novo Testamento, nas cartas paulinas (Rm 1:17c; Gl 3:11c; Hb 10:38a). Porém, há versículos, que, em seu contexto, deve ser entendida por aquela crença que temos em Deus, como em Hebreus (Hb 11:1).

É possível ver fé também em outros sentidos, a palavra grega pistin, no Novo Testamento (onde aparecem muitas referências, comparado ao Antigo Testamento, a palavra hebraica emunah, que tem pouquíssimas). Crença natural em Deus (Hb 11:1 [pistis]), crença que Deus possa fazer o impossível na tua vida (Mt 8:10; Lc 7:9 [pistin]), fidelidade a Deus, ou simplesmente, fidelidade (Hb 10:38 [pisteos]), Dom Espiritual da Fé Sobrenatural, ou simplesmente, Dom da Fé (1Co 12:9 [pistis]) e, a Fidelidade, componente do Fruto do Espírito Santo (Gl 5:22 [pistis]). 

Há muitas referências à palavra fé, no Novo Testamento, principalmente nos 4 Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João), mas principalmente nos Evangelhos Sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas, e sinóticos, porque há muitas histórias em comum), onde com frequência, se vê esta palavra, pistis, como no caso da mulher siro-fenícia, pela sua filha (Mt 15:21-28 [pistis]) e do centurião, pelo seu servo (Mt 8:5-13 [pistin]; Lc 7:1-10 [pistin]).

Vendo, ao longo do Evangelho, gentios se destacaram por sua fé, mas o maior exemplo, é o centurião, pois o Senhor disse que, nem em Israel, Ele viu tanta fé (Mt 8:10; Lc 7:9). Povo de Deus, que tenhamos o mesmo exemplo destes gentios, pois seria vergonha para nós ouvir de Jesus (hipoteticamente falando) que Ele nunca viu tanta fé na Igreja, isto seria horrível para nós, pois qualquer um pode ter fé, até um ímpio, pois para se ter fé, não precisa ser evangélico, mas ter fé em Deus, e isto vemos com estes gentios, que, mesmo não sendo israelitas, eles tinham fé! 

Que neste ano de 2012, e não só neste ano, mas daqui para frente, tenhamos tanta fé, que sejamos capazes de comover o coração de Deus! E que, nossa fidelidade ao nosso Senhor seja fato, em nome de Jesus!