quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Desfazendo certos equívocos

Desfazendo certos equívocos

Muitas são as linhas de pensamento e interpretação, seja no meio evangélico, ou protestante. Algumas, coerentes, outras, que parecem estranhas. Umas, analisam o texto e o contexto, outras, pegam textos isolados. Não me refiro às seitas pseudocristãs, tal como as testemunhas de Jeová ou o Adventismo do Sétimo Dia, mas sim, ao nosso meio, mesmo.

Pois bem, veremos a seguir certas afirmações equivocadas, e veremos se são coerentes ou não.

Jesus é o Filho de Deus desde a Eternidade

Afirmar isto é uma incoerência, pois em primeiro lugar, Ele sempre foi conhecido como o Verbo, ou, a Palavra (Jo 1:1; 1Jo 5:7 [em traduções que são baseadas no Textus Receptus]).

Veremos que, a característica de Filho, no Senhor, não é relativa à Sua divindade, mas à Sua humanidade. Primeiramente, não teria como Jesus ter sido Filho de Deus desde a Eternidade, porque um nascimento exige um dia determinado, digo, eu, por exemplo, nasci no dia 13 de abril de 1989, ou seja, o nascimento é um evento que tem uma data que é a prova deste acontecimento. Vemos no Livro dos Salmos uma prova disto: "...Tu és meu Filho, Eu hoje Te gerei." (Sl 2:7cd). O próprio texto diz que isto ocorreu num espaço de tempo: HOJE.

A Bíblia diz, que, "no princípio era o Verbo" (Jo 1:1a), porém mostra que, depois, "o Verbo se fez carne" (Jo 1:14a). Não diz "o Filho se fez carne", mas, "o Verbo se fez carne". Desta brecha que muitos evangélicos e protestantes dão, é que os católicos tiram o seu trunfo: a tese de que Maria é theotokos (Mãe de Deus), e não christotokos (mãe de Cristo), dando a entender que ela é uma deípara, ou seja, alguém que gera um deus.

Vemos que, as aparições de Jesus no Antigo Testamento, são exemplos que não dizem que Ele era desde o princípio, o Filho de Deus, mas sim, justamente o contrário. Muitas das vezes, vemos justamente Ele como a Palavra do Senhor (Muitas são as referências, então, eis aqui alguns exemplos: Gn 15:1,4; 1Sm 15:10; 2Sm 7:4; 2Sm 24:11; 1Rs 6:11; 1Rs 12:22; Is 38:4; Jr 1:4,11,13; Ez 6:1;  Ez 7:1; Ez 12:1; Zc 4:8; Zc 6:9; Zc 7:8), um Homem (Gn 32:24-30), o Anjo (Mensageiro é a melhor tradução, pois muitos pregadores se confundiram com traduções eruditas como esta, e pensam que Deus apareceu em forma de anjo, porém, esta aparição é a chamada forma teofânica, como chamado pelos teólogos, ou seja, a forma como Deus se revelava ao homem, de forma que ele O pudesse contemplar, forma essa que o próprio Deus aparecia como homem) do Senhor (Muitas são as referências, então, eis aqui alguns exemplos: Gn 16:7,9-11; Gn 22:11,15; Êx 3:2-6; Nm 22:23,31,35; Jz 2:1; Jz 5:23; Jz 6:11,12,22; Jz 13:2-23; Zc 3:1-7), o Príncipe (ou Capitão, ou Chefe) dos Exércitos (ou das Hostes) do Senhor (Js 5:13-15), ou até mesmo como o Senhor/Jeová/Javé/Iahweh, dependendo da tradução (Jl 2:32; Zc 14:3-5), ou, Senhor (ou Jeová) dos Exércitos (Sl 24:7-10; Is 6:1-5; Zc 14:16,17), ou como Este (Is 63:1-6), e outros nomes e títulos.

Estas são muitas das situações em que, nenhum outro nome se deu à Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, além do Verbo, ou, Palavra (Jo 1:1; 1Jo 5:7), senão estes acima, e alguns outros. Porém, agora, falando da humanidade do Senhor Jesus, há muitas passagens que referem-se à este fato, e umas chamam-No de Semente da Mulher (Gn 3:15), Siló (Gn 49:10), Renovo (Is 4:2; Is 11:1; Is 53:2; Jr 23:5; Jr 33:15; Zc 3:8; Zc 6:12), e de outros nomes (Is 9:6).

Mas, de todas as passagens, passagens como esta (Is 11:1) em Isaías, ou esta (Jr 33:15), em Jeremias, ou esta (Zc 6:12), em Zacarias, já dão a entender exatamente esta realidade: que o fato de ser Filho, representa Sua humanidade, até porque, eternidade é um fator divino (Sl 90:2cd; Hb 1:12ab), e não humano. Só há uma exceção para isto: quando a divindade habita no Seu corpo (Cl 1:19; Cl 2:9), após a ressurreição (Mt 28:18). E, mais uma vez vemos a verdadeira realidade: que Jesus só é Filho de Deus eternamente, após o Seu nascimento, isto é, quando Deus, o Verbo, se encarna (Jo 1:14).

Jesus apareceu a Sadraque, Mesaque e Abede-Nego e a Daniel

Outro fato muito estranho, é afirmar que, quem apareceu a Sadraque (Hananias), Mesaque (Misael), e Azarias (Abede-Nego), foi Jesus, o Filho de Deus. Se vê que apareceu um ser diferente entre eles, e que os salvou (Dn 3:25). Porém, dizer que é o Filho de Deus que tava lá, como até apelam algumas traduções, tipo assim: "Respondeu, dizendo: Eu, porém, vejo quatro homens soltos, que andam passeando dentro do fogo, sem sofrer nenhum dano; e o aspecto do quarto é semelhante ao Filho de Deus." (Dn 3:25 - Almeida Corrigida e Revisada Fiel). Mas na realidade, a tradução certa seria esta: "Respondeu e disse: Eu, porém, vejo quatro homens soltos, que andam passeando dentro do fogo, e nada há de lesão neles, e o aspecto do quarto é semelhante ao filho dos deuses" (Dn 3:25 - Almeida Revista e Corrigida de 1995). 

Vemos qual é a real identidade deste ser: um anjo (Dn 3:28). E não seria estranho dizer que um anjo seria um filho de Deus (no sentido de ser criatura, visto, que, Jesus é o Único Filho de Deus [Jo 1:14; Jo 3:16]), visto que eles já eram chamados assim (Gn 6:2,4; Jó 1:6; Jó 2:1). Apesar de que, no original, da língua cananeia, é o mesmo termo, do qual é traduzido "semelhante ao Filho de Deus"  e "semelhante ao filho dos deuses": "dameh le bar Elahin". Portanto, vê-se, que, para quem não sabe, mas agora passa a saber, que, cada tradução carrega uma interpretação diferente, basta comparar cada uma delas e ver por si mesmo.

E agora, a outra parte é quando Daniel é lançado na cova dos leões, e muitos, baseados neste errôneo pensamento de que quem foi lá libertar Daniel, foi o Senhor Jesus pré-encarnado, e até muitos louvores resultam deste equívoco. Porém, se vê com toda a clareza, que, mais uma vez, foi um anjo que Deus enviou em favor de um servo Seu (Dn 6:22).

Falando em confundir anjos com o Senhor Jesus, há quem (não citarei este, por questão ética, porém, outros que cito, seja instituição ou pessoa, o faço para denunciar, pois é falso profeta) cante em louvores que o serafim que tocou nos lábios do profeta Isaías, com uma brasa tirada do altar com uma tenaz (Is 6:6,7), quando Isaías temeu a visão (Is 6:5), uma ferramenta que é tipo um alicate, é o próprio Senhor Jesus... Porém, vemos que há uma distinção clara de pessoas (Is 6:1,2)... Misericórdia! Senhor, dá discernimento ao Teu povo!

Jesus é o Pai

Nenhum pensamento pode ser tão ruim e maligno quanto este. Este pensamento nada mais é uma brecha, que, muitos irmãos, ao se deixarem contaminar por uma certa heresia, deram ao Diabo. A Bíblia diz para não darmos lugar ao Diabo (Ef 4:27), e sermos vigilantes, porque ele nunca perde uma oportunidade para atacar (1Pe 5:8), ao qual devemos resistir na Fé (1Pe 5:9), e ao resisti-lo, devemos, para isto, nos sujeitarmos a Deus (Tg 4:7). E o pior, é quando chegam em João, e veem Jesus afirmando que quem O vê, vê ao Pai (Jo 14:9), e dão a interpretação, que muitos dentre nós, incautos, acabam juntos professando a mesma heresia.

A doutrina herética que afirma esta mentira diabólica, é o Unicismo. O Unicismo crê, que, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, não são uma Trindade, mas sim, 3 manifestações diferentes de um mesmo Deus. Para estes, tal como os testemunhas de Jeová, creem que a doutrina da Santíssima Trindade é antibíblica, pois esta, segundo ambos, diz que devemos adorar a 3 deuses. Não passa de uma mentira, pois em primeiro lugar, a Trindade são 3 Pessoas em um só Deus, e não 3 deuses ou 3 manifestações diferentes de um mesmo Deus.

Pois bem, digo para tomarem cuidado com o Unicismo, e uma certa igreja (na verdade, seita), que, como algumas igrejas, possuem seu ministério de louvor, que deixarão infiltrar-se em nosso meio (no Gideões Missionários da Última Hora, por exemplo): A Voz da Verdade, cujo atual líder é "pastor" Carlos A. Moysés. Está mais para a voz da mentira, isso sim! Infelizmente, ele já foi uma pessoa que cria na Trindade, porém, ele deu brecha ao Adversário, e passou a crer nesta mentira deslavada, que é o Unicismo. Tão triste este fato, porém é a realidade, ainda que pareça sórdida.


Olha aqui o vídeo:



Agora, quem acha que tô querendo fazer sensacionalismo profético, ou que tô perseguindo, veja o site deles, no link dos estudos, que, por sinal, são muito heréticos, e nada ortodoxos: 


Tem até músicas que dá pra aproveitar, como, Sou um Milagre (muito linda por sinal), tem até unção, e até mais tarde, o pe. Marcelo Rossi, cantou, junto com o KLB. Porém, devemos vigiar. Eu, por exemplo, evito de cantar louvores católicos, não por preconceito, mas porque não sinto inspiração alguma neles, mais ainda de seitas, como a Igreja Adventista do Sétimo Dia. E, é como Paulo diz que faço: examino tudo, e retenho o que é bom (1Ts 5:21). Infelizmente, alguns cantores Gospel tem se esquecido de buscar a essência da unção nos louvores. Não que seja errado cantar louvores animados, é bom, mas de vez em quando, cá pra nós: que é bom sentir a unção, é!

E, voltando à verdadeira realidade, a Bíblia mostra não só, que Deus é uma Trindade (Mt 28:19; 2Co 13:13), como os anjos O louvam nesta realidade (Is 6:3; Ap 4:8), como também o próprio Senhor mostra a comunicação entre as Pessoas da Trindade (Gn 1:26; Gn 11:7), e indica a pluralidade de Pessoas da Trindade (Is 6:8). O próprio Shemah (Dt 6:4), o credo judaico, diz que Deus é uma pluralidade de Pessoas (não de deuses), pois o termo usado é echad (de Dt 6:4, por exemplo), ou seja, uma unidade composta, no caso, esta unidade poderia ser traduzida por união, diferente de yachid, que é uma unidade simples, dizendo que é 1 mesmo, como quando Abraão foi impedido de sacrificar seu único (yachid) filho (Gn 22:12,16).

Citei o Shemah, pois os judeus, os testemunhas de Jeová e os unicistas usam esta referência para dizer que Deus é uma pessoa, e não uma Trindade. Não, como disse, e está escrito (o que importa, pois assim se vê que não são as minhas palavras, mas as de Deus), são 3 Pessoas em um só Deus! De fato, echad também pode significar 1, visto que as letras hebraicas também significam números, e não só letras, como em muitas passagens. Porém, o contexto que disse quanto à Santíssima Trindade pode até ser visto, por exemplo, no Tabernáculo, quando diz, tudo deve estar montado para que seja uma coisa só, ou em outras traduções, uma unidade (Êx 26:11; Êx 36:13,18), onde também é usado echad.

E, quando a Bíblia fala que quem vê a Jesus vê ao Pai (Jo 14:9), não é que Ele seja o Pai, pois claramente se vê uma distinção de Pessoas, por exemplo, no ato do batismo, onde as 3 aparecem, ou seja, Jesus sendo batizado nas águas, o Espírito Santo descendo sobre Ele e o Pai, falando dos Céus, que Jesus era Seu Filho amado (Mt 3:15-17; Mc 1:9-11; Lc 3:21,22), ou então, no Monte da Transfiguração (Mt 17:5-7), ou quando Jesus pede para ser glorificado (Jo 12:27-30), onde o Pai e o Filho estão, ou quando Estêvão vê o Pai e o Filho no Céu (At 7:55,56), e ele via, enquanto estava cheio do Espírito Santo (At 7:55), e, de novo, vemos que Deus é uma Trindade. Mais ainda, quando Jesus diz que, Ele e o Pai são um, Ele quer dizer, não que Ele e o Pai são a mesma pessoa, mas quer dizer, que, por Ele fazer parte da Trindade, Ele sempre foi e sempre será um com o Pai (Jo 10:30), ou, em outras palavras, está unido com o Pai.

Sem falar, que Jesus disse que Ele é o Caminho, e só conseguirão ir até o Pai por meio Dele (Jo 14:6), e também disse que Ele revela o Pai a quem quer (Mt 11:27; Lc 10:22). Ou seja, neste sentido que, quem vê a Ele, vê ao Pai (Jo 14:7-9). E também, em Isaías (Is 9:6), num dos títulos do Senhor Jesus, há uma controvérsia, pois uns traduzem por "Pai da Eternidade", e outros, por "Pai Eterno". Ora, de acordo com a realidade bíblica, ficaria mais certo por Pai da Eternidade, pois a palavra pai significa criador, inventor (Gn 4:20,21), e, como se sabe, Ele originou todas as coisas (Ap 3:14). Dizer que Ele era o Pai Eterno é um erro, pois Jesus, como mais à frente O conhecemos, é o Filho (Jo 1:14; Jo 3:16,18), e desde a Eternidade, sempre foi o Verbo (Jo 1:1; 1Jo 5:7). E, tendo visto isto, se vê, que, apesar da Trindade ser 3 Pessoas em um só Deus, não quer dizer que não haja distinção entre as Pessoas, como se mostra acima. Lembre-se, é um só Deus, mas este Deus se consiste em 3 Pessoas...

Um último fato para se elucidar que Jesus não é o Pai, é desfazendo um outro mal entendido. Este mal entendido se dá quando Jesus chama Seus discípulos de filhinhos (Jo 13:33), e quando fala que eles não ficarão órfãos, porque Ele voltará (Jo 14:18). Porém, analisando-se a realidade, de que, na antiga linguagem, usada entre mestres e discípulos na época de Jesus, o mestre era como um pai para os discípulos, e os discípulos eram como filhos para o mestre. E nesta situação de Jesus e Seus discípulos não foi diferente.

Se fosse realmente literal a situação, então o apóstolo João teria uma penca de filhos (1Jo 2:1,12,18,28; 1Jo 3:7,18; 1Jo 4:4; 1Jo 5:21), rsrsrs! Mas, na realidade, ele assim chamava seus discípulos, por isso, ele é conhecido entre nós como o Apóstolo do Amor.


Jesus é Deus

Que Ele é Deus,  nós já sabemos. Porém, em que fases da Sua vida? 

Bem, desde a Eternidade, Ele sempre foi Deus como o Verbo (Jo 1:1; 1Jo 5:7). Porém, quando encarnou (Jo 1:14), a Bíblia diz que Ele, mesmo sendo Deus, se esvaziou de Sua natureza divina, para viver como homem (Fp 2:5-7), visto que, Ele era o Segundo (ou Último, dependendo da tradução) Adão (1Co 15:45). Daí, talvez me perguntem: Como ele era um homem, se fez todos os milagres que fez?

Por favor, não me digam isso... Se fazer milagres divinizasse alguém, os profetas seriam deuses... Basta ver o que fizeram Moisés, Josué, Elias e Eliseu, por exemplo. Moisés, por exemplo, com seu cajado fez a água do rio Nilo se converter em sangue (Êx 7:20), ou, tocou no Mar Vermelho e ele se abriu (Êx 14:15,16). Josué, por exemplo, orou e o sol e a lua (visto que, na época, o povo judeu cria no Geocentrismo, ciência essa que reza que a Terra é o centro do Universo, e o Sol girava em torno dela, mas, mesmo assim, Deus atendeu a sua oração, e hoje em dia, sabemos que o certo, é o Heliocentrismo, ou seja, que o Sol é o centro, e a Terra gira em torno dele) pararam (Js 10:12-14). O profeta Elias, por exemplo, orou, e o filho da viúva de Sarepta ressuscitou (1Rs 17:22). Até o profeta Eliseu, por exemplo, orou, e o filho de uma mulher importante de Suném (que até então, não tinha filhos, e depois que veio Eliseu e tiveram a este filho, foi só alegria, para ela e seu marido) ressuscitou (2Rs 4:33-35).

E, voltando ao tempo que Jesus esteve sobre a Terra, como disse, Ele se despiu de Sua divindade. Paulo fala isto claramente aos filipenses, dizendo que Jesus, antes, como o Verbo, era Deus, então, quando chegou a hora de cumprir os planos de Deus (Em profecias como estas: Is 7:14; Is 9:6), Ele se despiu de Sua divindade, viveu como homem, viveu como servo de Deus, obediente até a morte, e Deus exaltou a Jesus (isto é, Jesus homem, pois Ele tem 2 naturezas: humana e divina, o que explicarei a seguir), dando-Lhe um Nome sobre todo o nome, para que todos se prostrem ante Seu Nome, pra glória de Deus, o Pai (Fp 2:5-11). E, após Jesus ter ressuscitado, retomou a Sua divindade (Mt 28:18; Cl 1:19; Cl 2:9).

Em outras palavras:

1 - Da Eternidade à encarnação: 0% Homem e 100% Deus;
2 - Da encarnação à ressurreição: 100% Homem e 0% Deus;
3 - Da ressurreição à Eternidade: 100% Homem e 100% Deus.

Talvez me perguntem, após ver isso: Se é assim, como fez milagre? Da mesma forma que todos fizeram: por meio do Espírito Santo, oras, porém, a porção total, diferente dos outros, que recebiam apenas uma porção, pois Deus lhes dava por medida, o Seu Espírito, mas a Cristo, deu sem medida, deu a plenitude do Espírito Santo a Ele (Jo 3:34)... Eis a questão... Enfim, mesmo assim, não nos esqueçamos que, “no princípio, era o Verbo” (Jo 1:1a) “e o Verbo Se fez carne” (Jo 1:14a). Ou seja, Ele, mesmo sendo homem, nunca deixou de ser Deus. O que está acima, é questão de manifestação de naturezas.

No ponto 1, Ele nunca foi homem, apenas Deus. No ponto 2, Ele se despiu de Sua natureza divina, e se revestiu de natureza humana. E no ponto 3, Ele, de uma forma maravilhosa e inexplicável, conseguiu reunir ambas as naturezas em uma só pessoa, como veremos à diante. Nunca deixou nem nunca deixará de ser DEUS!

Jesus é o Messias desde o Seu nascimento

Esta é uma pergunta interessante, e muitos acham que Jesus, desde Seu nascimento, é o Messias, baseado numa errônea interpretação de uma passagem no Evangelho segundo Lucas (Lc 2:11). De fato, esta passagem indica que esta Pessoa é conhecida como o Cristo, porque Deus chama as coisas que não são como se já fossem (Rm 4:17d), pois nesta hora, ainda ele não é o Messias, ou, o Ungido, e não fez nenhum milagre ainda, porém o fará.

Pois bem, temos o termo Ungido, ou seja, aquele sobre quem se derramou o óleo (azeite) da unção. Ungido seria no português, enquanto vimos no hebraico ser Mashiach, e no aramaico, Meshiach (de onde deriva Messias, que é a sua transliteração grega), e no grego Christos (de onde se deriva Cristo), e em latim, Christi. E, na primeira carta do apóstolo João, vemos o porque de ser Cristo (pois certamente, perguntar-se-ia: o que tem a ver Cristo com Messias?): é porque a palavra unção (1Jo 2:20,27) justamente é chrisma, em grego (daí, uma tola tradição católica, chamada Crisma), e esta palavra significa ungir com óleo perfumado, como o unguento, nardo puro.

Vemos, então, que Jesus é o Ungido. Mas como? Ungido com o quê? Com o Espírito Santo (Is 61:1,2)! Primeiramente, Jesus é batizado nas águas do Jordão, e, quando sai da água, o Espírito Santo desce sobre ele, de uma forma tão bela, que lembra uma pomba descendo (Mt 3:16; Mc 1:10; Lc 3:21,22; Jo 1:32,33). Depois, Jesus é teletransportado (apesar dos filmes mostrarem erroneamente que Ele caminhou até lá) de lá do rio Jordão, para o deserto, onde iria ser tentado (Mt 4:1; Mc 1:12; Lc 4:1). E, também, quando terminou de ser tentado, o Espírito Santo O teletransporta, só que para a Galileia (Lc 4:14). Por que duvidar, se isto ocorreu com o diácono Filipe, em Samaria, após batizar o etíope, mordomo de Candace, rainha da Etiópia, e foi teletransportado de Samaria para Azoto (At 8:5,39,40)?

O termo grego usado para isto em Mateus (Mt 4:1) é anago, justamente derivado do mesmo termo usado para "subiu", em João (Jo 3:13), que é anabaino. Literalmente, um dos significados deste termo seria "lançar". E, indo agora para Marcos (Mc 1:12), o termo usado é ekballo, o qual, um de seus significados seria "tomar". E, de todos os termos, o que melhor descreve o que digo, é em Lucas (Lc 4:1), cujo termo é ago, e um dos seus significados seria "carregar". Então, como é certo, Jesus foi arrebatado, ou, teletransportado ao deserto, e não guiado pelo Espírito Santo, pra chegar ao deserto, como diriam alguns... E, por fim, Jesus volta para a Galileia no poder (gr. dynamis) do Espírito Santo, ou seja, foi arrebatado, ou teleportado pelo Espírito Santo para lá. Quanto à experiência de Filipe, ela se baseia no termo grego harpazo, que é traduzido por "arrebatar" (1Ts 4:17), significa "capturar, pegar à força".

Então, após Ele voltar para a Galileia, houve um tempo em que Ele foi, segundo Seu costume, à sinagoga, num shabath (sábado em hebraico), e levantou-se para ler (Lc 4:16), e foi-Lhe dado o livro, literalmente, rolo (hb. megillah), e este era o Livro do profeta Isaías (hb. Sepher Yeshayahu), e quando o abriu, achou o lugar em que estava escrito (Lc 4:17) justamente a profecia que diz que o Senhor Deus O ungiu com o Espírito Santo (Lc 4:18,19 - Is 61:1,2). Justamente, o que era comum, era Ele ler conforme o roteiro que estava determinado, ler o que os judeus chamavam de Haphtarah Nitzavim (que pega Is 61:10–Is 63:9). Porém, Ele não o fez, antes, justamente aproveitando que esta passagem que Ele precisava estava junto da onde estava a Haphtarah Nitzavim.

No caso, no meio judaico (inclusive o judaico-messiânico, que são judeus que são cristãos, tipo o apóstolo Pedro [Gl 2:7,8], conhecido como Kepha Ha Shaliach [Pedro, o emissário, literalmente], entre os judeus messiânicos) existem as Parashot (plural do hb. Parashah), que seriam porções da Torah (Lei, em hebraico, no caso, a Lei de Moisés, e, o termo Torah significa, literalmente, ensino, e esta justamente seria, no cânon hebraico, o que conhecemos por Pentateuco, ou  seja, os 5 primeiros livros da Bíblia: Gênesis [hb. Bereshith, que significa "No princípio"], Êxodo [hb. Shemoth, que significa "Nomes"], Levítico [hb. Vayikra, que significa "E chamou"], Números [hb. Bamidbar, que significa "No deserto"] e Deuteronômio [hb. Devarim, que significa "Palavras"]).

E neste dia de sábado (shabath), estavam na 51ª Parashah (que pega Dt 29:9[ou 10, em outras cópias da Bíblia Hebraica]–30.20), que era a Parashah Nitzavim, e, a propósito, Nitzavim significa "Encontram-se", e leram esta Parashah, isto é, o princípio desta pregação, e veio Jesus (para os judeus, Yeshua Ben Yoseph [Jesus, filho de José, pois para eles, Jesus era filho do carpinteiro José {Lc 3:23}], e para os judeus messiânicos, Yeshua Ha Mashiach [Jesus, o Messias], e para os cristãos, Jesus Cristo), para finalizar e dar a conclusão da Parashah, pois a Parashah, de um lado, pega porções da Torah (o nosso Pentateuco, como disse), e a conclusão da Parashah seria justamente a Haphtarah, que pega porções do Neviim (ou, Profetas, pois os judeus separam de maneira diferente da nossa o cânon, ou, os livros inspirados, e, enquanto de um lado, nós temos uma maneira de organizar os livros do Antigo Testamento, já eles tem outra, já desde o tempo de Jesus [Lc 24:44 - Lei {no versículo está Lei de Moisés}, que seria Torah, Profetas, que seria Neviim, e Salmos, que seria Ketuvim, que significa Escritos]). 

E, neste caso, justamente a conclusão desta Parashah, no caso, a Haphtarah, se encontrava no Livro do profeta Isaías, porém, como disse, Ele não leu o roteiro, antes, leu o que dizia do Seu Messiado (Is 61:1,2). Daí, meu amigo, os judeus só ficaram olhando pra Ele, e Ele enrolou o rolo, e o deu ao ministro (conhecido pelos judeus como shammash, que seria atendente, servo, zelador, e, justamente também o nosso "diácono", e este último termo é justamente como os judeus messiânicos chamam o diácono também, e, por coincidência, o termo traduzido por ministro é justamente o gr. diakonos), sentou-Se, e eles ficaram bem atentos (Lc 4:20), e quando Ele falou  que a profecia se cumpriu (Lc 4:21), meu Deus! Rapaz, os que estavam presentes duvidaram (Lc 4:22), e no fundo, Jesus já sabia que isso iria acontecer (Lc 4:23), e, quando Ele falou umas verdades para eles (Lc 4:24-27), eles se enfureceram e pegaram Ele violentamente, e estavam doidos pra matá-Lo, jogando-O do precipício, mas, sem nenhuma dificuldade, escapou por entre eles (Lc 4:28-30).

Então, é isso. Jesus é o Messias, ou, o Ungido, porém, a Pessoa Ungida ainda estava para ser ungida, e foi quando João Batista O batizou. E, quando foi batizado no Espírito Santo, após Seu batismo nas águas, eis que Ele foi ungido. Ou seja, Jesus foi ungido quando o Espírito desceu sobre Ele. Então, Ele se tornou o Messias. Mas, como disse, a pessoa que seria conhecida como o Messias nasceu, mas se tornou o Messias quando o Espírito desceu sobre Ele.

Maria Madalena foi uma prostituta

Isso tudo nunca se baseou na Bíblia, mas em tradições da Igreja Romana... Assim como a mentira de que, quem derrubou Satanás e seu 1/3 de anjos rebeldes, foi Miguel e seus anjos... Porém, esta luta é uma luta futura... (Ap 12:7-9), a qual, fará com que o Diabo nunca mais possa subir no Céu, perante Deus, para nos acusar, de dia e de noite (Ap 12:10)... Quem derrubou, foi Deus, e Jesus, como o Verbo, testemunhou isso (Lc 10:18).

Pois bem, a Bíblia nunca disse que Maria de Magdala (isto que significa Madalena, e não é seu sobrenome, ou seja, ela era habitante de Magdala, ou, como os judeus dizem, Magdalah...) era uma prostituta. Antes, fala que ela uma mulher possessa por sete demônios, os quais, Jesus, ao conhecê-la, expulsou (Lc 8:2). E, até mesmo no Evangelho de Marcos, diz que, Jesus, após ter ressuscitado, apareceu primeiro à Maria Madalena, ao ter passado primeiro dos sábados, bem cedo, e diz também que Jesus expulsou 7 demônios dela (Mc 16:9).

O nome significa, literalmente, Maria, a madalena, ou, Maria de Magdala.

A adúltera (Jo 8:3) não foi Maria Madalena, muito menos foi ela a mulher pecadora (Lc 7:37), antes, a Bíblia as deixa como anônimas... Até porque, pecado não existe só na área sexual. Existem muitos pecados...

Então, deixe a tradição humana, e leia o que diz a Palavra...

Intentaram construir a Torre de Babel até os Céus

Para começar, eles nunca pensaram em fazer até aos Céus a torre. Antes, para os céus. Como assim? Não diz a Bíblia que foi para construir uma torre cujo cume toque nos céus (Gn 11:4)? Não, pois no Texto Massorético (o hebraico, língua do Antigo Testamento) não se encontra o termo tocar. Antes, isto é uma interpretação da Septuaginta, que seria uma tradução grega feita por 72 sábios judeus, no Período Intertestamentário.

Ou seja, desde aquele tempo, a torre, que foi construída na terra de Sinar (Gn 11:2), terra esta que mais tarde, conhecemos como Babel, e, por fim, Babilônia. Já de lá, existia a Astrologia, ou seja, um tipo de adivinhação, que usa as estrelas, os astros, como meio para ver o futuro.

No caso, este era um centro de atividades divinatórias. E Deus, por abominar tais atividades, confundiu a língua deles (Gn 11:7), então, eis a razão do nome: Babel, que é um termo hebraico que significa confusão.


Estrela da Manhã, e não Lúcifer, era o nome de Satanás antes da sua queda

O problema todo se centraliza na tradução. A versão mais fiel a este fato, é a versão mais atualizada da Almeida Corrigida e Revisada Fiel, que até tem nesta o Novo Acordo Ortográfico, e também, com uma correção no nome para Lúcifer (Is 14:12). E, glória a Deus, eu a tenho!

Para começar, no hebraico original não era uma palavra composta, mas uma palavra simples: Heylel, que significa brilhante, resplandecente, e deriva-se de halal, que seria resplandecer, brilhar. E, de fato, Lúcifer é mais de acordo com o contexto.

Tal como nesta versão e outras, no meio evangélico, existe este erro, de traduzir, ao invés de Lúcifer, traduzir Estrela da Manhã, existe também na Vulgata, o fato de Jesus ser chamado Lúcifer, ao invés de Estrela da Manhã.

O nome dele, em português, seria "Lúcifer, filho da alva (ou do alvorecer, amanhecer)", mas, em hebraico, seria "Heylel Ben Sachar".

Porém, o Diabo, antes de cair, era Lúcifer, no português, derivado do Latim, e Jesus, é a nossa resplandecente Estrela da Manhã, e não Jesus Lúcifer, e Satanás Estrela da Manhã.

Pode ter havido nas traduções fonte estes erros, mas, nós, que sabemos a Verdade, não podemos deixar este erro permanecer...

Portanto, Jesus sim, é a Estrela da Manhã (Ap 22:16). E Satanás, era Lúcifer (Is 14:12)...

Lúcifer foi regente de um coral angelical

Nunca se disse tal equívoco na Bíblia. Muito me admira que pregadores usem desta inverdade em seus sermões. A Bíblia diz que Lúcifer, o filho da alva (Is 14:12), era, no tempo em que a Terra foi criada (Jó 38:1-6), e os anjos se alegraram (Jó 38:7), um guardião da Terra, e que Deus o ungiu para isto (Ez 28:13,14). 

Ou seja, mesmo sendo um querubim (Ez 1:5-14; Ez 10:14,20-22), um tipo de anjo que louva (Ez 3:12), carrega um firmamento, sobre o qual, o trono de Deus se localizava (Ez 1:22-28; Ez 10:1), e é como se fosse um cavalo de montaria para Jeová (2Sm 22:11; Sl 18:10), este, porém, foi uma das exceções. As outras 2 exceções, foram os 2 querubins que guardaram o Jardim do Éden, após a expulsão de Adão e Eva de lá (Gn 3:24).

Agora, dizer que ele regia um coral, pode até existir fonte... Porém, esta fonte não é a Bíblia... E tem nome esta fonte: tradição humana. A Igreja de Roma se encontra com esta fonte...

Lúcifer foi o mais forte de todos os anjos

Rapidamente refuto esta afirmação, à partir do fato, que, o mais forte e a mais alta hierarquia angelical é o serafimA hierarquia angelical é esta (do mais alto até o mais baixo): serafins, seres viventes, querubins, tronos, dominações, virtudes, potestades, principados, arcanjos e anjos.

Muitos nem ouviram falar desta hierarquia angelical. Porém, como existe no meio militar uma hierarquia, e organização, não é diferente na corte celestial!

E, visto que o querubim, mesmo sendo uma classe muito forte, ainda sim, não é a maior, mas está abaixo do serafim, que é o mais forte de todos... Breve falarei de Angelologia, ou seja, o estudo dos anjos, neste Blog. Bem como Demonologia, o estudo sobre os demônios (um estudo do que a Bíblia fala, pois num vou entrar nesse mérito enfadonho de citar religiões e os nomes destes bichos ruins... totalmente desnecessário) e Satanalogia (estudo sobre o Adversário dos cristãos e de Deus)... E, enfim, falarei sobre a Trindade, as 3 Pessoas da Trindade, que são doutrinas bem essenciais para os cristãos saberem...

Porém, mesmo sendo mais forte que Miguel, que é um arcanjo (Jd 9), Satanás, que é um querubim (nunca deixou de ser querubim, e como disse antes, essa história dele ser chifrudo e ter uma cauda pontuda não passa de tradição católica) perderá pra ele (Ap 12:7,8). E, se tem uma coisa que justifica a derrota de um ser mais forte para um ser mais fraco, é a ajuda de Deus, pois se não fosse o Senhor, certamente, não teriam derrotado ele...

Miguel é o único arcanjo

O que a maioria dos teólogos evangélicos se baseia pra dizer isso, é o fato de que só Miguel é chamado na Bíblia de arcanjo. Porém, lembre-se: arcanjo não significa anjo de guerra, mas sim, príncipe (chefe, líder) dos anjos. Eles se embasam em Judas (Jd 9).

Realmente ele é o único arcanjo? Nas Escrituras Neotestamentárias, realmente é isto que se dá a entender, porém, nas Escrituras Veterotestamentárias, mostra que ele é apenas um desses anjos que comandam outros anjos, e, um dos mais destacados dentre estes líderes angelicais (Dn 10:13). No hebraico, o termo é sar, que significa príncipe ou principal, chefe, líder, capitão. Enquanto no grego, é archaggelos, que é chefe dos anjos, ou, anjo principal.

Ora, se ele é um dos primeiros, logo, há outros... Imagina, por exemplo, se não houvesse um chefe que comandasse os serafins, outro que comandasse os querubins, e etc...? Seria uma desordem... Apesar da Bíblia não mencionar os nomes de todos os anjos, não significa que não existam outros arcanjos. Até porque, não aprouve a Deus fazer tal coisa...

O Sheol é a sepultura

Um erro cometido pela SBB (Sociedade Bíblica do Brasil), e outras sociedades bíblicas, é traduzir o termo hebraico Sheol por sepultura. Segundo estes eruditos, o termo pode significar, nuns versículos, a sepultura comum da humanidade, e outros, o mundo dos mortos. Bem, apesar da SBB errar na ARC (Almeida Revista e Corrigida de 1995), quando traduz algumas vezes (Gn 37:35; Gn 42:38; Ec 9:10...) por sepultura, este termo, ela acerta na NTLH (Nova Tradução na Linguagem de Hoje), quando traduz, tanto Sheol, no hebraico, quanto Hades, no grego, por "mundo dos mortos". O engraçado, é que não traduzem nunca Hades por sepultura... Um outro fato que vemos, é que, no Livro dos Salmos (Sl 139:8b), que diz da Onipresença de Deus, traduz-se na versão ARC o termo Sheol por Seol, deixando, assim, neste versículo, uma neutralidade em sua tradução. Porém, na versão ACF (Almeida Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil), este é traduzido por Inferno.

Nestes 3 exemplos, vemos o seguinte. Primeiro, em Gênesis (Gn 37:35), que diz, não que ele iria com tristeza, em sua velhice, para a sepultura, ou seja, morreria. Não, antes, conforme se vê realmente, ele estaria em luto pelo seu filho José, até que morresse, então, o encontrasse lá no Sheol, ou seja, o Mundo dos Mortos. Já em outra parte de Gênesis (Gn 42:38), disse que, se Benjamim morresse (como supostamente morreu José), ele não aguentaria mais viver, pois seus filhos José e Benjamim, que lembravam Raquel, seu amor, teriam partido, então, ele não encontraria mais motivo pra viver na Terra, mas morreria de desgosto, e então, teria a oportunidade de revê-los no Seol, Hades, Inferno, ou, mais facilmente compreendido, o Mundo dos Mortos.

E, por fim, em Eclesiastes (Ec 9:10), não diz que, após a pessoa morrer, que na sepultura não se trabalharia... Não, antes, é tão óbvio, que, realmente, não existe no Inferno, e não sepultura, trabalho. Desde o tempo do Antigo Testamento, onde os justos também estavam lá, porém, na divisão paradisíaca, chamada Seio de Abraão, ou seja, um lugar do Inferno reservado aos justos (Lc 16:22). Mas, nos tempos do Novo Testamento, depois que Jesus subiu aos Céus, hoje, os justos descansam lá (Ef 4:8; 2Co 12:2,4), isto é, até a ressurreição deles. E era este um lugar bom (Lc 16:25), porém, o Céu é melhor...

De fato, no Inferno não se faz nada, senão estar em tormentos (Lc 16:23), e no Céu, não se faz mais nada, senão, descansar das boas obras cristãs (Ap 14:13), lembrando, até a ressurreição, onde os justos reinarão com Cristo (Ap 20:6), mas os ímpios, junto com Satanás e seus demônios, o Anticristo e o Falso Profeta pagarão de uma vez por todas, por toda a Eternidade (Ap 14:10,11; Ap 20:10).

A dificuldade desta interpretação termina quando vemos que, Hades é o correspondente grego do hebraico Sheol. Na versão ARC, vemos em Salmos (Sl 16:10) o termo Sheol ser traduzido por Inferno, em contrapartida, vemos em Atos (At 2:27) o termo Hades ser traduzido por Hades. Mas, na ACF esta dificuldade é eliminada, mediante o fato, que, também em Atos é traduzido por Inferno.

E, se vê, por fim, que, o Sheol é sim o Inferno: em Deuteronômio (Dt 32:22). Este, diz que o Inferno é de fogo, lembrando justamente da situação do rico condenado (Lc 16:24).

Lembrando novamente, que, o Inferno é diferente do Lago de Fogo (Ap 20:14). Um, é um lugar espiritual, e outro, um lugar físico que existirá para todo o sempre, como um monumento da ira de Deus contra o pecado, e uma representação, que, O PECADO NÃO COMPENSA.

Vamos morar para sempre no Céu
Este não passa de um terrível equívoco também. A Bíblia diz que, os Céus são do Senhor e a Terra, Ele nos deu (Sl 115:16). Após o Juízo Final (Ap 20:11-15), o último de todos os julgamentos, os Céus e a Terra serão renovados pelo fogo (2Pe 3:7).

Jesus tinha nos prometido, primeiramente dizendo aos Seus discípulos, que, faria para nós morada, e voltaria (Jo 14:2,3). Paulo nos diz, que, a Nova Jerusalém é uma cidade celestial (Fp 3:20; Hb 11:10,14,16; Hb 12:22). A Palavra do Senhor nos diz que a Cidade Santa descerá dos Céus até a Terra (Ap 21:2).

Mas a bênção não para por aí. Diz a Palavra do Senhor que, não só o Senhor Jesus descerá dos Céus, pra viver na Terra com toda raça humana, após a restauração dos Céus e da Terra (At 3:20,21), mas também o próprio Pai (Ap 21:3).

E, não só não moraremos no Céu, e a Terra ficará deixada de lado, doutra maneira, como também o Céu e a Terra serão uma coisa só, e se juntarão... Totalmente antibíblico. Não haveria sentido ter os Céus e da Terra restaurados (Ap 21:1), se morassem no Céu. Também, Ele prometeu que haveria de fazer esta renovação (Is 66:22). 

Então, qual é o fim de tudo? Haverá uma materialização do espiritual... 

Um grande fenômeno! 

Tremendo!

Porém, nada contra os irmãos de outras denominações, e os que estão na simplicidade da Fé, que creem que morarão pra sempre no Céu... Mas, que é bom nos aprofundarmos na Fé, é!

Mas, detalhe, haverá um tempo sim que moraremos no Céu: até a restauração dos Céus e da Terra. E, as almas e os espíritos dos justos já estão morando no no Paraíso, que está no Céu, o Terceiro Céu (2Co 12:2,4), desde que Jesus os tirou do Inferno para levá-los pra lá (Ef 4:8-10), quando estavam na divisão dos justos, o Seio de Abraão (Lc 16:22). No Arrebatamento, glorificados e ressurretos moraremos lá (1Ts 4:16,17). Então, no fim, voltará tudo como era desde o princípio, e ainda melhor!

Esta última parte teve que ser dita, porque há também outro equívoco: que já desde o tempo do Antigo Testamento, os justos já iam pro Céu...

Portanto, assim foi dito, conforme a Verdade Bíblica! Pois, realmente, seria gostoso não conhecer tudo da Bíblia, pois, se muitos conhecessem, tendo já estes conceitos prontos, teriam um choque, e, o que faria? Buscariam interpretações plausíveis, pra não perder a crença. O que é uma terrível tentativa de permanecer na ilusão...

Jesus mudou o nome de Saulo para Paulo
Nunca tal falácia fora proferida pela Palavra de Deus. Antes, vemos um fato histórico no seguinte: que judeus da Diáspora (Dispersão) tenham tido (e ainda têm) 2 nomes, um, para sua origem israelita, e outro, pro país onde habita ou nasceu. Em Atos, vemos que o fato, não foi que Jesus mudou o nome de Saulo para Paulo, mas sim, que ele possuía 2 nomes como os judeus da diáspora (At 13:9).

Em suma, os gentios conhecem o apóstolo por Paulo, mas os judeus sempre o conheciam por Saulo. Saulo vem de Saul, e Saul, vem de Shaul, em hebraico, que significa, "o que foi pedido", já Paulo, apelido romano de Saulo, que vem de Paulus, em latim, significa, pequeno, anão.

Assim, consequentemente, conhecemos, nós, os gentios, a este homem, como o apóstolo Paulo, porém, os judeus o conhecem por Shaul Ha Shaliach.

Então, vemos que Paulo nunca deixou de ser judeu para ser cristão, antes, ensinou um Cristianismo puro do Judaísmo para os gentios, apesar de nunca ter perdido sua identidade. Até porque, o Judaísmo Messiânico (exclusivo pra judeus) sempre existiu, desde a pregação de Pedro, enquanto o Cristianismo livre do Judaísmo (exclusivo pra gentios, ou seja, os não cristãos), desde a pregação de Paulo (Gl 2:7,8). Darei mais detalhes sobre a relação da Lei Mosaica e o Cristianismo noutro tópico vindouro...

E, também, a Bíblia nunca afirmou que Paulo fosse um soldado romano, um oficial (como dizem, e se baseiam em tradições da Igreja Romana, a Católica), como muitos dizem. Antes, a única coisa que ele tinha de romano, era a sua cidadania romana, adquirida por herança dos pais (At 22:25-29). E também, outro detalhe, é que ele diz que sempre foi solteiro (1Co 7:7,8), nunca afirmou que foi casado... Apesar de que, nem por isso condena o casamento, como querem os católicos dizer que isto é uma condição para os sacerdotes cristãos, o que é contrário à Bíblia, e é doutrina demoníaca (1Tm 4:1-3a)... O que Paulo não diz que é proibido, antes, é totalmente lícito (1Co 7:2,9), e ele ainda exorta os sacerdotes a serem casados, desde o menor até ao maior (1Tm 3:1-13)... Porém, é uma exortação, não uma regra, afinal, diz a Palavra do Senhor que o solteiro cuida melhor das coisas do Senhor, ficando, assim, a critério da pessoa ver o que fará da sua vida... E Deus o quis desde o princípio (Gn 2:18)...

Por fim, vemos também que Paulo nunca deixou de ser judeu... Até porque, é graças ao Judaísmo que temos o Cristianismo...

José e Maria eram ricos, e Jesus, consequentemente
Toda esta confusão principia em alguns interpretarem de forma errônea o que Paulo disse aos coríntios em sua segunda carta (2Co 8:9), a qual, diz que Cristo, sendo rico, se fez pobre por amor de muitos. Porém, isto não parece absurdo, mediante o fato de que, desde a Eternidade, como o Verbo (Jo 1:1), e, consequentemente, Deus (Jo 1:1), Ele era o Dono do ouro e da prata (Ag 2:8). E também, que era Dono dos Céus e da Terra, e tudo quanto neles há (Sl 24:1; 1Co 10:26; Dt 10:14).

Até então, não parece dificultoso esta verdade ser entendida. Isto facilmente é refutado mediante Levítico (Lv 12:1-4,8), que diz, justamente a condição de Maria, e, consequentemente isto é amostrado em Lucas, que, ela deu justamente a oferta conveniente a uma mulher pobre (Lc 2:21-24).

Não são poucos os que, para defenderem a Teologia da Prosperidade (não que Deus não possa prosperar algum filho Seu, porém, a Teologia da Prosperidade fala de tal forma, que, parece que perdem o foco da Eternidade, querendo se apegar, tão-somente às coisas terrenas), usam de artifícios, como, dizer que, José, e seu Filho adotivo Jesus, eram carpinteiros, mas, não no sentido literal, daquele que trabalha com madeira, mas sim, de um artesão que trabalha com todo tipo de material além da madeira, como, por exemplo, com pedras, metais, etc.

Alguns, para descaracterizar o significado da palavra carpinteiro, em favor da Teologia da Prosperidade, dizem que carpinteiro e marceneiro são palavras diferentes. De fato, o propósito de um e de outro, são diferentes, mas, AMBOS TRABALHAM COM MADEIRA.

Qual é a diferença entre ambos? Se trabalha com madeira ou não? De forma nenhuma, pois isto não passa de equívoco. O carpinteiro ele monta móveis, ferramentas, artigos para construção civil, construção naval, entre outros, se utilizando da madeira (e nada mais). Já o marceneiro, ele transforma a madeira (e nada mais) em um objeto útil e decorativo, de uma forma artesanal, trabalhando principalmente com laminados industrializados, como compensado, aglomerado, MDF, laminado melamínico, folhas de maneira, etc.

Sendo assim, tanto Jesus (Mc 6:3), quanto José (Mt 13:55,56), eram carpinteiros que trabalhavam com madeira. Desta forma, não há margem nem brecha para se dizer que estes eram ricos, pois, de fato, produções feitas da pedra ou do metal, poderiam render em muito lucro. Pois não eram materiais tão nobres quanto os feitos das pedras e metais.

Mas, vemos que não era assim, e, de fato, esta família era pobre.

Mas, em contrapartida, vemos que, primeiro, Jesus, ao ensinar sobre o desapego às coisas terrestres, e Paulo, igualmente, não quer dizer que estes nos proíbam de ter riquezas materiais. Antes, ensina a não termos amor a Mamom (Mt 6:24; Lc 16:13), que seria um ídolo representando o dinheiro, a ser uma pessoa avarenta, pois a Bíblia diz que a avareza é idolatria (Cl 3:5d), de fato, uma idolatria ao dinheiro, e, acima de tudo, ao demônio Mamom, e, também, a ser uma pessoa tão apegada ao dinheiro, quanto o jovem rico, que, contristado, recusa o convite do Senhor (Mt 19:16-22; Mc 10:17-22; Lc 18:18-23). Aaah, e outra: deve-se analisar o que Jesus quis dizer com "quão dificilmente entrarão os que têm riquezas!" (Mc 10:23). Ele não diz que é ruim ser rico, mas sim, o confiar nas riquezas (Mc 10:24). Por isso, analisando-se o contexto de tudo, Paulo conclui dizendo, que, "o amor ao dinheiro, é a raiz de todos os males" (1Tm 6:10), diferente da versão decepada do texto, que, muitos ignorantes relatam, que, diz assim: "o dinheiro é a raiz de todos os males"...


O dinheiro pode ser tanto usado em nosso favor (Gn 3:19; 2Ts 3:10-12), quanto pelo próximo, mas, com humildade, claro, sem exibicionismo (Mt 6:1-4; Gl 6:9,10; Ef 4:28), quanto pela obra do Senhor (Ml 3:10; 2Co 9:7)... Não que isto é mister ser feito para a Salvação, pois a Salvação é pela Graça, não pelas obras (Ef 2:8,9). Mas, o salvo faz obras. E quando faz as obras, está também fazendo para o Senhor Jesus (Mt 25:35-40). Portanto, o dinheiro tem sim a sua importância, contanto que, não venhamos a nos intrometer em heresias...

Então, é isto, amados! Que a Paz do Senhor esteja convosco! Amém!