Desfazendo certos equívocos
Muitas são as linhas de pensamento e
interpretação, seja no meio evangélico, ou protestante. Algumas, coerentes,
outras, que parecem estranhas. Umas, analisam o texto e o contexto, outras,
pegam textos isolados. Não me refiro às seitas pseudocristãs, tal como as
testemunhas de Jeová ou o Adventismo do Sétimo Dia, mas sim, ao nosso meio,
mesmo.
Pois bem, veremos a seguir certas
afirmações equivocadas, e veremos se são coerentes ou não.
Jesus é o Filho de
Deus desde a Eternidade
Afirmar isto é uma incoerência, pois em
primeiro lugar, Ele sempre foi conhecido como o Verbo, ou, a Palavra (Jo 1:1;
1Jo 5:7 [em traduções que são baseadas no Textus Receptus]).
Veremos que, a característica de Filho,
no Senhor, não é relativa à Sua divindade, mas à Sua humanidade. Primeiramente,
não teria como Jesus ter sido Filho de Deus desde a Eternidade, porque um
nascimento exige um dia determinado, digo, eu, por exemplo, nasci no dia 13 de
abril de 1989, ou seja, o nascimento é um evento que tem uma data que é a prova
deste acontecimento. Vemos no Livro dos Salmos uma prova disto: "...Tu és meu Filho, Eu hoje Te gerei." (Sl 2:7cd). O
próprio texto diz que isto ocorreu num espaço de tempo: HOJE.
A Bíblia diz, que,
"no princípio era o Verbo" (Jo 1:1a), porém mostra que, depois,
"o Verbo se fez carne" (Jo 1:14a). Não diz "o Filho se fez
carne", mas, "o Verbo se fez carne". Desta brecha que muitos
evangélicos e protestantes dão, é que os católicos tiram o seu trunfo: a tese
de que Maria é theotokos (Mãe de Deus), e não christotokos (mãe de Cristo),
dando a entender que ela é uma deípara, ou seja, alguém que gera um deus.
Vemos que, as
aparições de Jesus no Antigo Testamento, são exemplos que não dizem que Ele era
desde o princípio, o Filho de Deus, mas sim, justamente o contrário. Muitas das
vezes, vemos justamente Ele como a Palavra do Senhor (Muitas são as
referências, então, eis aqui alguns exemplos: Gn 15:1,4; 1Sm 15:10; 2Sm
7:4; 2Sm 24:11; 1Rs 6:11; 1Rs 12:22; Is 38:4; Jr 1:4,11,13; Ez 6:1; Ez 7:1;
Ez 12:1; Zc 4:8; Zc 6:9; Zc 7:8), um Homem (Gn 32:24-30), o Anjo (Mensageiro é
a melhor tradução, pois muitos pregadores se confundiram com traduções eruditas
como esta, e pensam que Deus apareceu em forma de anjo, porém, esta aparição é
a chamada forma teofânica, como chamado pelos teólogos, ou seja, a forma como
Deus se revelava ao homem, de forma que ele O pudesse contemplar, forma essa
que o próprio Deus aparecia como homem) do Senhor (Muitas são as referências,
então, eis aqui alguns exemplos: Gn 16:7,9-11; Gn 22:11,15; Êx 3:2-6; Nm
22:23,31,35; Jz 2:1; Jz 5:23; Jz 6:11,12,22; Jz 13:2-23; Zc 3:1-7), o Príncipe
(ou Capitão, ou Chefe) dos Exércitos (ou das Hostes) do Senhor (Js 5:13-15), ou
até mesmo como o Senhor/Jeová/Javé/Iahweh, dependendo da tradução (Jl 2:32; Zc
14:3-5), ou, Senhor (ou Jeová) dos Exércitos (Sl 24:7-10; Is 6:1-5; Zc
14:16,17), ou como Este (Is 63:1-6), e outros nomes e títulos.
Estas são muitas das situações em que,
nenhum outro nome se deu à Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, além do
Verbo, ou, Palavra (Jo 1:1; 1Jo 5:7), senão estes acima, e alguns outros.
Porém, agora, falando da humanidade do Senhor Jesus, há muitas passagens que
referem-se à este fato, e umas chamam-No de Semente da Mulher (Gn 3:15), Siló
(Gn 49:10), Renovo (Is 4:2; Is 11:1; Is 53:2; Jr
23:5; Jr 33:15; Zc 3:8; Zc 6:12), e de outros nomes (Is 9:6).
Mas, de todas as
passagens, passagens como esta (Is 11:1) em Isaías, ou esta (Jr 33:15), em
Jeremias, ou esta (Zc 6:12), em Zacarias, já dão a entender exatamente esta
realidade: que o fato de ser Filho, representa Sua humanidade, até porque,
eternidade é um fator divino (Sl 90:2cd; Hb 1:12ab), e não humano. Só há uma
exceção para isto: quando a divindade habita no Seu corpo (Cl 1:19; Cl 2:9),
após a ressurreição (Mt 28:18). E, mais uma vez vemos a verdadeira realidade:
que Jesus só é Filho de Deus eternamente, após o Seu nascimento, isto é, quando
Deus, o Verbo, se encarna (Jo 1:14).
Jesus apareceu a Sadraque, Mesaque e Abede-Nego e a Daniel
Outro fato muito estranho, é afirmar
que, quem apareceu a Sadraque (Hananias), Mesaque (Misael), e Azarias
(Abede-Nego), foi Jesus, o Filho de Deus. Se vê que apareceu um ser diferente
entre eles, e que os salvou (Dn 3:25).
Porém, dizer que é o Filho de Deus que tava lá, como até apelam algumas
traduções, tipo assim: "Respondeu, dizendo: Eu, porém, vejo quatro homens
soltos, que andam passeando dentro do fogo, sem sofrer nenhum dano; e o aspecto
do quarto é semelhante ao Filho de Deus." (Dn 3:25 - Almeida Corrigida e
Revisada Fiel). Mas na realidade, a tradução certa seria esta: "Respondeu
e disse: Eu, porém, vejo quatro homens soltos, que andam passeando dentro do
fogo, e nada há de lesão neles, e o aspecto do quarto é semelhante ao filho dos
deuses" (Dn 3:25 - Almeida Revista e Corrigida de 1995).
Vemos qual é a real
identidade deste ser: um anjo (Dn 3:28). E não seria estranho dizer que um
anjo seria um filho de Deus (no sentido de ser criatura, visto, que, Jesus é o
Único Filho de Deus [Jo 1:14; Jo 3:16]), visto que eles já eram chamados assim
(Gn 6:2,4; Jó 1:6; Jó 2:1). Apesar de que, no original, da
língua cananeia, é o mesmo termo, do qual é traduzido "semelhante ao
Filho de Deus" e "semelhante ao filho dos deuses":
"dameh le bar Elahin". Portanto, vê-se, que, para quem não sabe, mas
agora passa a saber, que, cada tradução carrega uma interpretação diferente,
basta comparar cada uma delas e ver por si mesmo.
E agora, a outra parte é quando Daniel
é lançado na cova dos leões, e muitos, baseados neste errôneo pensamento de que
quem foi lá libertar Daniel, foi o Senhor Jesus pré-encarnado, e até muitos
louvores resultam deste equívoco. Porém, se vê com toda a clareza, que, mais
uma vez, foi um anjo que Deus enviou em favor de um servo Seu (Dn 6:22).
Falando em confundir anjos com o Senhor
Jesus, há quem (não citarei este, por questão ética, porém, outros que cito,
seja instituição ou pessoa, o faço para denunciar, pois é falso profeta) cante
em louvores que o serafim que tocou nos lábios do profeta Isaías, com uma brasa
tirada do altar com uma tenaz (Is 6:6,7),
quando Isaías temeu a visão (Is 6:5), uma ferramenta que é tipo um alicate, é o
próprio Senhor Jesus... Porém, vemos que há uma distinção clara de pessoas (Is
6:1,2)... Misericórdia! Senhor, dá discernimento ao Teu povo!
Jesus é o Pai
Nenhum pensamento pode ser tão ruim e
maligno quanto este. Este pensamento nada mais é uma brecha, que, muitos
irmãos, ao se deixarem contaminar por uma certa heresia, deram ao Diabo. A
Bíblia diz para não darmos lugar ao Diabo (Ef
4:27), e sermos vigilantes, porque ele nunca perde uma oportunidade para atacar
(1Pe 5:8), ao qual devemos resistir na Fé (1Pe 5:9), e ao resisti-lo, devemos,
para isto, nos sujeitarmos a Deus (Tg 4:7). E o pior, é quando chegam em João,
e veem Jesus afirmando que quem O vê, vê ao Pai (Jo 14:9), e dão a
interpretação, que muitos dentre nós, incautos, acabam juntos professando a
mesma heresia.
A doutrina herética
que afirma esta mentira diabólica, é o Unicismo. O Unicismo crê, que, o Pai, o
Filho e o Espírito Santo, não são uma Trindade, mas sim, 3 manifestações
diferentes de um mesmo Deus. Para estes, tal como os testemunhas de Jeová,
creem que a doutrina da Santíssima Trindade é antibíblica, pois esta, segundo
ambos, diz que devemos adorar a 3 deuses. Não passa de uma mentira, pois em
primeiro lugar, a Trindade são 3 Pessoas em um só Deus, e não 3 deuses ou 3
manifestações diferentes de um mesmo Deus.
Pois bem, digo para
tomarem cuidado com o Unicismo, e uma certa igreja (na verdade, seita), que,
como algumas igrejas, possuem seu ministério de louvor, que deixarão
infiltrar-se em nosso meio (no Gideões Missionários da Última Hora, por
exemplo): A Voz da Verdade, cujo atual líder é "pastor" Carlos A.
Moysés. Está mais para a voz da mentira, isso sim! Infelizmente, ele já foi uma
pessoa que cria na Trindade, porém, ele deu brecha ao Adversário, e passou a
crer nesta mentira deslavada, que é o Unicismo. Tão triste este fato, porém é a
realidade, ainda que pareça sórdida.
Olha aqui o vídeo:
Agora, quem acha que
tô querendo fazer sensacionalismo profético, ou que tô perseguindo, veja o site
deles, no link dos estudos, que, por sinal, são muito heréticos, e nada
ortodoxos:
Tem até músicas que dá pra aproveitar,
como, Sou um Milagre (muito linda por sinal), tem até unção, e até mais tarde,
o pe. Marcelo Rossi, cantou, junto com o KLB. Porém, devemos vigiar. Eu, por
exemplo, evito de cantar louvores católicos, não por preconceito, mas porque
não sinto inspiração alguma neles, mais ainda de seitas, como a Igreja
Adventista do Sétimo Dia. E, é como Paulo diz que faço: examino tudo, e retenho
o que é bom (1Ts 5:21). Infelizmente, alguns cantores Gospel tem se esquecido
de buscar a essência da unção nos louvores. Não que seja errado cantar louvores
animados, é bom, mas de vez em quando, cá pra nós: que é bom sentir a unção, é!
E, voltando à
verdadeira realidade, a Bíblia mostra não só, que Deus é uma Trindade (Mt
28:19; 2Co 13:13), como os anjos O louvam nesta realidade (Is 6:3; Ap 4:8),
como também o próprio Senhor mostra a comunicação entre as Pessoas da Trindade
(Gn 1:26; Gn 11:7), e indica a pluralidade de Pessoas da Trindade (Is 6:8). O
próprio Shemah (Dt 6:4), o credo judaico, diz que Deus é uma pluralidade de
Pessoas (não de deuses), pois o termo usado é echad (de Dt 6:4, por exemplo),
ou seja, uma unidade composta, no caso, esta unidade poderia ser traduzida por
união, diferente de yachid, que é uma unidade simples, dizendo que é 1 mesmo,
como quando Abraão foi impedido de sacrificar seu único (yachid) filho (Gn
22:12,16).
Citei o Shemah, pois
os judeus, os testemunhas de Jeová e os unicistas usam esta referência para
dizer que Deus é uma pessoa, e não uma Trindade. Não, como disse, e está
escrito (o que importa, pois assim se vê que não são as minhas palavras, mas as
de Deus), são 3 Pessoas em um só Deus! De fato, echad também pode significar 1,
visto que as letras hebraicas também significam números, e não só letras, como
em muitas passagens. Porém, o contexto que disse quanto à Santíssima Trindade
pode até ser visto, por exemplo, no Tabernáculo, quando diz, tudo deve estar
montado para que seja uma coisa só, ou em outras traduções, uma unidade (Êx
26:11; Êx 36:13,18), onde também é usado echad.
E, quando a Bíblia
fala que quem vê a Jesus vê ao Pai (Jo 14:9), não é que Ele seja o Pai, pois
claramente se vê uma distinção de Pessoas, por exemplo, no ato do batismo, onde
as 3 aparecem, ou seja, Jesus sendo batizado nas águas, o Espírito Santo
descendo sobre Ele e o Pai, falando dos Céus, que Jesus era Seu Filho amado (Mt
3:15-17; Mc 1:9-11; Lc 3:21,22), ou então, no Monte da Transfiguração (Mt
17:5-7), ou quando Jesus pede para ser glorificado (Jo 12:27-30), onde o Pai e
o Filho estão, ou quando Estêvão vê o Pai e o Filho no Céu (At 7:55,56), e ele
via, enquanto estava cheio do Espírito Santo (At 7:55), e, de novo, vemos que
Deus é uma Trindade. Mais ainda, quando Jesus diz que, Ele e o Pai são um, Ele
quer dizer, não que Ele e o Pai são a mesma pessoa, mas quer dizer, que, por
Ele fazer parte da Trindade, Ele sempre foi e sempre será um com o Pai (Jo
10:30), ou, em outras palavras, está unido com o Pai.
Sem falar, que Jesus
disse que Ele é o Caminho, e só conseguirão ir até o Pai por meio Dele (Jo
14:6), e também disse que Ele revela o Pai a quem quer (Mt 11:27; Lc 10:22). Ou
seja, neste sentido que, quem vê a Ele, vê ao Pai (Jo 14:7-9). E também, em
Isaías (Is 9:6), num dos títulos do Senhor Jesus, há uma controvérsia, pois uns
traduzem por "Pai da Eternidade", e outros, por "Pai
Eterno". Ora, de acordo com a realidade bíblica, ficaria mais certo por
Pai da Eternidade, pois a palavra pai significa criador, inventor (Gn 4:20,21),
e, como se sabe, Ele originou todas as coisas (Ap 3:14). Dizer que Ele era o
Pai Eterno é um erro, pois Jesus, como mais à frente O conhecemos, é o Filho
(Jo 1:14; Jo 3:16,18), e desde a Eternidade, sempre foi o Verbo (Jo 1:1; 1Jo
5:7). E, tendo visto isto, se vê, que, apesar da Trindade ser 3 Pessoas em um só
Deus, não quer dizer que não haja distinção entre as Pessoas, como se mostra
acima. Lembre-se, é um só Deus, mas este Deus se consiste em 3 Pessoas...
Um último fato para se
elucidar que Jesus não é o Pai, é desfazendo um outro mal entendido. Este mal entendido
se dá quando Jesus chama Seus discípulos de filhinhos (Jo 13:33), e quando fala
que eles não ficarão órfãos, porque Ele voltará (Jo 14:18). Porém,
analisando-se a realidade, de que, na antiga linguagem, usada entre mestres e
discípulos na época de Jesus, o mestre era como um pai para os discípulos, e os
discípulos eram como filhos para o mestre. E nesta situação de Jesus e Seus
discípulos não foi diferente.
Se fosse realmente
literal a situação, então o apóstolo João teria uma penca de filhos (1Jo
2:1,12,18,28; 1Jo 3:7,18; 1Jo 4:4; 1Jo 5:21), rsrsrs! Mas, na realidade, ele
assim chamava seus discípulos, por isso, ele é conhecido entre nós como o
Apóstolo do Amor.
Jesus é Deus
Que Ele é Deus, nós já sabemos.
Porém, em que fases da Sua vida?
Bem, desde a Eternidade, Ele sempre foi
Deus como o Verbo (Jo 1:1; 1Jo 5:7). Porém, quando encarnou (Jo 1:14), a Bíblia
diz que Ele, mesmo sendo Deus, se esvaziou de Sua natureza divina, para viver
como homem (Fp 2:5-7), visto que, Ele era o Segundo (ou Último, dependendo da
tradução) Adão (1Co 15:45). Daí, talvez me perguntem: Como ele era um homem, se
fez todos os milagres que fez?
Por favor, não me digam isso... Se
fazer milagres divinizasse alguém, os profetas seriam deuses... Basta ver o que
fizeram Moisés, Josué, Elias e Eliseu, por exemplo. Moisés, por exemplo, com
seu cajado fez a água do rio Nilo se converter em sangue (Êx 7:20), ou, tocou
no Mar Vermelho e ele se abriu (Êx 14:15,16). Josué, por exemplo, orou e o sol
e a lua (visto que, na época, o povo judeu cria no Geocentrismo, ciência essa
que reza que a Terra é o centro do Universo, e o Sol girava em torno dela, mas,
mesmo assim, Deus atendeu a sua oração, e hoje em dia, sabemos que o certo, é o
Heliocentrismo, ou seja, que o Sol é o centro, e a Terra gira em torno
dele) pararam (Js 10:12-14). O profeta
Elias, por exemplo, orou, e o filho da viúva de Sarepta ressuscitou (1Rs
17:22). Até o profeta Eliseu, por exemplo, orou, e o filho de uma mulher
importante de Suném (que até então, não tinha filhos, e depois que veio Eliseu
e tiveram a este filho, foi só alegria, para ela e seu marido) ressuscitou (2Rs
4:33-35).
E, voltando ao tempo
que Jesus esteve sobre a Terra, como disse, Ele se despiu de Sua divindade.
Paulo fala isto claramente aos filipenses, dizendo que Jesus, antes, como o
Verbo, era Deus, então, quando chegou a hora de cumprir os planos de Deus (Em
profecias como estas: Is 7:14; Is 9:6), Ele se despiu de Sua divindade, viveu
como homem, viveu como servo de Deus, obediente até a morte, e Deus exaltou a
Jesus (isto é, Jesus homem, pois Ele tem 2 naturezas: humana e divina, o que
explicarei a seguir), dando-Lhe um Nome sobre todo o nome, para que todos se
prostrem ante Seu Nome, pra glória de Deus, o Pai (Fp 2:5-11). E, após Jesus
ter ressuscitado, retomou a Sua divindade (Mt 28:18; Cl 1:19; Cl 2:9).
Em outras palavras:
1 - Da Eternidade à
encarnação: 0% Homem e 100% Deus;
2 - Da encarnação à
ressurreição: 100% Homem e 0% Deus;
3 - Da ressurreição à
Eternidade: 100% Homem e 100% Deus.
Talvez me perguntem,
após ver isso: Se é assim, como fez milagre? Da mesma forma que todos fizeram:
por meio do Espírito Santo, oras, porém, a porção total, diferente dos outros,
que recebiam apenas uma porção, pois Deus lhes dava por medida, o Seu Espírito,
mas a Cristo, deu sem medida, deu a plenitude do Espírito Santo a Ele (Jo
3:34)... Eis a questão... Enfim, mesmo assim, não nos esqueçamos que, “no
princípio, era o Verbo” (Jo 1:1a) “e o Verbo Se fez carne” (Jo 1:14a). Ou seja,
Ele, mesmo sendo homem, nunca deixou de ser Deus. O que está acima, é questão
de manifestação de naturezas.
No ponto 1, Ele nunca
foi homem, apenas Deus. No ponto 2, Ele se despiu de Sua natureza divina, e se
revestiu de natureza humana. E no ponto 3, Ele, de uma forma maravilhosa e inexplicável,
conseguiu reunir ambas as naturezas em uma só pessoa, como veremos à diante.
Nunca deixou nem nunca deixará de ser DEUS!
Jesus é o Messias
desde o Seu nascimento
Esta é uma pergunta interessante, e
muitos acham que Jesus, desde Seu nascimento, é o Messias, baseado numa errônea
interpretação de uma passagem no Evangelho segundo Lucas (Lc 2:11). De fato,
esta passagem indica que esta Pessoa é conhecida como o Cristo, porque Deus
chama as coisas que não são como se já fossem (Rm
4:17d), pois nesta hora, ainda ele não é o Messias, ou, o Ungido, e não fez
nenhum milagre ainda, porém o fará.
Pois bem, temos o termo Ungido, ou
seja, aquele sobre quem se derramou o óleo (azeite) da unção. Ungido seria no
português, enquanto vimos no hebraico ser Mashiach, e no aramaico, Meshiach (de
onde deriva Messias, que é a sua transliteração grega), e no grego Christos (de
onde se deriva Cristo), e em latim, Christi. E, na primeira carta do apóstolo
João, vemos o porque de ser Cristo (pois certamente, perguntar-se-ia: o que tem
a ver Cristo com Messias?): é porque a palavra unção (1Jo 2:20,27) justamente é chrisma, em grego (daí, uma tola tradição
católica, chamada Crisma), e esta palavra significa ungir com óleo perfumado,
como o unguento, nardo puro.
Vemos, então, que Jesus é o Ungido. Mas
como? Ungido com o quê? Com o Espírito Santo (Is 61:1,2)! Primeiramente, Jesus
é batizado nas águas do Jordão, e, quando sai da água, o Espírito Santo desce
sobre ele, de uma forma tão bela, que lembra uma pomba descendo (Mt 3:16; Mc
1:10; Lc 3:21,22; Jo 1:32,33). Depois, Jesus é teletransportado (apesar dos
filmes mostrarem erroneamente que Ele caminhou até lá) de lá do rio Jordão,
para o deserto, onde iria ser tentado (Mt 4:1; Mc 1:12; Lc 4:1). E, também,
quando terminou de ser tentado, o Espírito Santo O teletransporta, só que para
a Galileia (Lc 4:14). Por que duvidar, se isto ocorreu com o diácono
Filipe, em Samaria, após batizar o etíope, mordomo de Candace, rainha da
Etiópia, e foi teletransportado de Samaria para Azoto (At 8:5,39,40)?
O termo grego usado para isto em Mateus
(Mt 4:1) é anago, justamente derivado do mesmo termo usado para
"subiu", em João (Jo 3:13), que é anabaino. Literalmente, um dos
significados deste termo seria "lançar". E, indo agora para Marcos
(Mc 1:12), o termo usado é ekballo, o qual, um de seus significados seria
"tomar". E, de todos os termos, o que melhor descreve o que digo, é
em Lucas (Lc 4:1), cujo termo é ago, e um dos seus significados seria
"carregar". Então, como é certo, Jesus foi arrebatado, ou, teletransportado
ao deserto, e não guiado pelo Espírito Santo, pra chegar ao deserto, como
diriam alguns... E, por fim, Jesus volta para a Galileia no poder (gr. dynamis)
do Espírito Santo, ou seja, foi arrebatado, ou teleportado pelo Espírito Santo
para lá. Quanto à experiência de Filipe, ela se baseia no termo grego harpazo,
que é traduzido por "arrebatar" (1Ts 4:17), significa "capturar,
pegar à força".
Então, após Ele voltar para a Galileia,
houve um tempo em que Ele foi, segundo Seu costume, à sinagoga, num shabath
(sábado em hebraico), e levantou-se para ler (Lc 4:16), e foi-Lhe dado o livro,
literalmente, rolo (hb. megillah), e este era o Livro do profeta Isaías (hb.
Sepher Yeshayahu), e quando o abriu, achou o lugar em que estava escrito (Lc
4:17) justamente a profecia que diz que o Senhor Deus O ungiu com o Espírito
Santo (Lc 4:18,19 - Is 61:1,2). Justamente, o que era comum, era Ele ler
conforme o roteiro que estava determinado, ler o que os judeus chamavam de
Haphtarah Nitzavim (que pega Is 61:10–Is 63:9). Porém, Ele não o fez, antes,
justamente aproveitando que esta passagem que Ele precisava estava junto da
onde estava a Haphtarah Nitzavim.
No caso, no meio judaico (inclusive o
judaico-messiânico, que são judeus que são cristãos, tipo o apóstolo Pedro [Gl
2:7,8], conhecido como Kepha Ha Shaliach [Pedro, o emissário, literalmente],
entre os judeus messiânicos) existem as Parashot (plural do hb. Parashah), que
seriam porções da Torah (Lei, em hebraico, no caso, a Lei de Moisés, e, o termo
Torah significa, literalmente, ensino, e esta justamente seria, no cânon
hebraico, o que conhecemos por Pentateuco, ou seja, os 5 primeiros livros
da Bíblia: Gênesis [hb. Bereshith, que significa "No princípio"],
Êxodo [hb. Shemoth, que significa
"Nomes"], Levítico [hb. Vayikra, que significa "E
chamou"], Números [hb. Bamidbar, que significa "No
deserto"] e Deuteronômio [hb. Devarim, que significa
"Palavras"]).
E neste dia de sábado
(shabath), estavam na 51ª Parashah (que pega Dt 29:9[ou 10, em outras cópias
da Bíblia Hebraica]–30.20), que era a Parashah Nitzavim, e, a propósito,
Nitzavim significa "Encontram-se", e leram esta Parashah, isto é, o
princípio desta pregação, e veio Jesus (para os judeus, Yeshua Ben Yoseph
[Jesus, filho de José, pois para eles, Jesus era filho do carpinteiro José {Lc
3:23}], e para os judeus messiânicos, Yeshua Ha Mashiach [Jesus, o Messias], e
para os cristãos, Jesus Cristo), para finalizar e dar a conclusão da Parashah,
pois a Parashah, de um lado, pega porções da Torah (o nosso Pentateuco, como
disse), e a conclusão da Parashah seria justamente a Haphtarah, que pega
porções do Neviim (ou, Profetas, pois os judeus separam de maneira diferente da
nossa o cânon, ou, os livros inspirados, e, enquanto de um lado, nós temos uma
maneira de organizar os livros do Antigo Testamento, já eles tem outra, já
desde o tempo de Jesus [Lc 24:44 - Lei {no versículo está Lei de Moisés}, que
seria Torah, Profetas, que seria Neviim, e Salmos, que seria Ketuvim, que
significa Escritos]).
E, neste caso,
justamente a conclusão desta Parashah, no caso, a Haphtarah, se encontrava no
Livro do profeta Isaías, porém, como disse, Ele não leu o roteiro, antes, leu o
que dizia do Seu Messiado (Is 61:1,2). Daí, meu amigo, os judeus só ficaram
olhando pra Ele, e Ele enrolou o rolo, e o deu ao ministro (conhecido pelos
judeus como shammash, que seria atendente, servo, zelador, e, justamente também
o nosso "diácono", e este último termo é justamente como os judeus
messiânicos chamam o diácono também, e, por coincidência, o termo traduzido por
ministro é justamente o gr. diakonos), sentou-Se, e eles ficaram bem atentos
(Lc 4:20), e quando Ele falou que a profecia se cumpriu (Lc 4:21), meu
Deus! Rapaz, os que estavam presentes duvidaram (Lc 4:22), e no fundo, Jesus já
sabia que isso iria acontecer (Lc 4:23), e, quando Ele falou umas verdades para
eles (Lc 4:24-27), eles se enfureceram e pegaram Ele violentamente, e estavam
doidos pra matá-Lo, jogando-O do precipício, mas, sem nenhuma dificuldade,
escapou por entre eles (Lc 4:28-30).
Então, é isso. Jesus é
o Messias, ou, o Ungido, porém, a Pessoa Ungida ainda estava para ser ungida, e
foi quando João Batista O batizou. E, quando foi batizado no Espírito Santo,
após Seu batismo nas águas, eis que Ele foi ungido. Ou seja, Jesus foi ungido
quando o Espírito desceu sobre Ele. Então, Ele se tornou o Messias. Mas, como
disse, a pessoa que seria conhecida como o Messias nasceu, mas se tornou o
Messias quando o Espírito desceu sobre Ele.
Maria
Madalena foi uma prostituta
Isso tudo nunca se baseou na Bíblia,
mas em tradições da Igreja Romana... Assim como a mentira de que, quem derrubou
Satanás e seu 1/3 de anjos rebeldes, foi Miguel e seus anjos... Porém, esta
luta é uma luta futura... (Ap 12:7-9), a qual, fará com que o Diabo nunca mais
possa subir no Céu, perante Deus, para nos acusar, de dia e de noite (Ap
12:10)... Quem derrubou, foi Deus, e Jesus, como o Verbo, testemunhou isso (Lc
10:18).
Pois bem, a Bíblia nunca disse que
Maria de Magdala (isto que significa Madalena, e não é seu sobrenome, ou seja,
ela era habitante de Magdala, ou, como os judeus dizem, Magdalah...) era uma
prostituta. Antes, fala que ela uma mulher possessa por sete demônios, os
quais, Jesus, ao conhecê-la, expulsou (Lc 8:2). E, até mesmo no Evangelho de
Marcos, diz que, Jesus, após ter ressuscitado,
apareceu primeiro à Maria Madalena, ao ter passado primeiro dos sábados, bem
cedo, e diz também que Jesus expulsou 7 demônios dela (Mc 16:9).
O nome significa, literalmente, Maria,
a madalena, ou, Maria de Magdala.
A adúltera (Jo 8:3) não foi Maria
Madalena, muito menos foi ela a mulher pecadora (Lc
7:37), antes, a Bíblia as deixa como anônimas... Até porque, pecado não existe
só na área sexual. Existem muitos pecados...
Então, deixe a tradição humana, e leia
o que diz a Palavra...
Intentaram
construir a Torre de Babel até os Céus
Para começar, eles nunca pensaram em
fazer até aos Céus a torre. Antes, para os céus. Como assim? Não diz a Bíblia
que foi para construir uma torre cujo cume toque nos céus (Gn 11:4)? Não, pois
no Texto Massorético (o hebraico, língua do Antigo Testamento) não se encontra
o termo tocar. Antes, isto é uma interpretação da Septuaginta, que seria uma
tradução grega feita por 72 sábios judeus, no Período Intertestamentário.
Ou seja, desde aquele tempo, a torre,
que foi construída na terra de Sinar (Gn 11:2), terra esta que mais tarde,
conhecemos como Babel, e, por fim, Babilônia. Já de lá, existia a Astrologia,
ou seja, um tipo de adivinhação, que usa as estrelas, os astros, como meio para
ver o futuro.
No caso, este era um centro de
atividades divinatórias. E Deus, por abominar tais atividades, confundiu a
língua deles (Gn 11:7), então, eis a razão do
nome: Babel, que é um termo hebraico que significa confusão.
Estrela
da Manhã, e não Lúcifer, era o nome de Satanás antes da sua queda
O problema todo se centraliza na
tradução. A versão mais fiel a este fato, é a versão mais atualizada da Almeida
Corrigida e Revisada Fiel, que até tem nesta o Novo Acordo Ortográfico, e
também, com uma correção no nome para Lúcifer (Is 14:12). E, glória a Deus, eu
a tenho!
Para começar, no hebraico original não
era uma palavra composta, mas uma palavra simples: Heylel, que significa
brilhante, resplandecente, e deriva-se de halal, que seria resplandecer,
brilhar. E, de fato, Lúcifer é mais de acordo com o contexto.
Tal como nesta versão e outras, no meio
evangélico, existe este erro, de traduzir, ao invés de Lúcifer, traduzir
Estrela da Manhã, existe também na Vulgata, o fato de Jesus ser chamado
Lúcifer, ao invés de Estrela da Manhã.
O nome dele, em português, seria
"Lúcifer, filho da alva (ou do alvorecer, amanhecer)", mas, em
hebraico, seria "Heylel Ben Sachar".
Porém, o Diabo, antes de cair, era
Lúcifer, no português, derivado do Latim, e Jesus, é a nossa resplandecente
Estrela da Manhã, e não Jesus Lúcifer, e Satanás Estrela da Manhã.
Pode ter havido nas traduções fonte
estes erros, mas, nós, que sabemos a Verdade, não podemos deixar este erro
permanecer...
Portanto, Jesus sim, é a Estrela da Manhã (Ap 22:16). E Satanás, era Lúcifer (Is 14:12)...
Portanto, Jesus sim, é a Estrela da Manhã (Ap 22:16). E Satanás, era Lúcifer (Is 14:12)...
Lúcifer
foi regente de um coral angelical
Nunca se disse tal equívoco na Bíblia.
Muito me admira que pregadores usem desta inverdade em seus sermões. A Bíblia
diz que Lúcifer, o filho da alva (Is 14:12), era, no tempo em que a Terra foi
criada (Jó 38:1-6), e os anjos se alegraram (Jó
38:7), um guardião da Terra, e que Deus o ungiu para isto (Ez 28:13,14).
Ou seja, mesmo sendo um querubim (Ez 1:5-14; Ez 10:14,20-22), um tipo de anjo que louva
(Ez 3:12), carrega um firmamento, sobre o qual, o trono de Deus se localizava
(Ez 1:22-28; Ez 10:1), e é como se fosse um cavalo de montaria para Jeová (2Sm
22:11; Sl 18:10), este, porém, foi uma das exceções. As outras 2 exceções,
foram os 2 querubins que guardaram o Jardim do Éden, após a expulsão de Adão e
Eva de lá (Gn 3:24).
Agora, dizer que ele regia um coral,
pode até existir fonte... Porém, esta fonte não é a Bíblia... E tem nome esta
fonte: tradição humana. A Igreja de Roma se encontra com esta fonte...
Lúcifer
foi o mais forte de todos os anjos
Rapidamente refuto esta afirmação, à
partir do fato, que, o mais forte e a mais alta hierarquia angelical é o
serafim. A hierarquia angelical é esta (do mais alto até o mais
baixo): serafins, seres viventes, querubins, tronos, dominações, virtudes,
potestades, principados, arcanjos e anjos.
Muitos nem ouviram falar desta
hierarquia angelical. Porém, como existe no meio militar uma hierarquia, e
organização, não é diferente na corte celestial!
E, visto que o querubim, mesmo sendo
uma classe muito forte, ainda sim, não é a maior, mas está abaixo do serafim,
que é o mais forte de todos... Breve falarei de Angelologia, ou seja, o estudo
dos anjos, neste Blog. Bem como Demonologia, o estudo sobre os demônios (um
estudo do que a Bíblia fala, pois num vou entrar nesse mérito enfadonho de
citar religiões e os nomes destes bichos ruins... totalmente desnecessário) e
Satanalogia (estudo sobre o Adversário dos cristãos e de Deus)... E, enfim,
falarei sobre a Trindade, as 3 Pessoas da Trindade, que são doutrinas bem
essenciais para os cristãos saberem...
Porém, mesmo sendo mais forte que
Miguel, que é um arcanjo (Jd 9), Satanás, que é um querubim (nunca deixou de ser querubim, e como disse antes,
essa história dele ser chifrudo e ter uma cauda pontuda não passa de tradição
católica) perderá pra ele (Ap 12:7,8). E, se tem uma coisa que justifica a
derrota de um ser mais forte para um ser mais fraco, é a ajuda de Deus, pois se
não fosse o Senhor, certamente, não teriam derrotado ele...
Miguel
é o único arcanjo
O que a maioria dos teólogos
evangélicos se baseia pra dizer isso, é o fato de que só Miguel é chamado na
Bíblia de arcanjo. Porém, lembre-se: arcanjo não significa anjo de guerra, mas
sim, príncipe (chefe, líder) dos anjos. Eles se embasam em Judas (Jd 9).
Realmente ele é o único arcanjo? Nas
Escrituras Neotestamentárias, realmente é isto que se dá a entender, porém, nas
Escrituras Veterotestamentárias, mostra que ele é apenas um desses anjos que
comandam outros anjos, e, um dos mais destacados dentre estes líderes
angelicais (Dn 10:13). No hebraico, o termo é sar, que significa príncipe ou
principal, chefe, líder, capitão. Enquanto no grego, é archaggelos, que é chefe
dos anjos, ou, anjo principal.
Ora, se ele é um dos primeiros, logo,
há outros... Imagina, por exemplo, se não houvesse um chefe que comandasse os
serafins, outro que comandasse os querubins, e etc...? Seria uma desordem...
Apesar da Bíblia não mencionar os nomes de todos os anjos, não significa que não
existam outros arcanjos. Até porque, não aprouve a Deus fazer tal coisa...
O
Sheol é a sepultura
Um erro cometido pela SBB (Sociedade
Bíblica do Brasil), e outras sociedades bíblicas, é traduzir o termo hebraico
Sheol por sepultura. Segundo estes eruditos, o termo pode significar, nuns
versículos, a sepultura comum da humanidade, e outros, o mundo dos mortos. Bem,
apesar da SBB errar na ARC (Almeida Revista e Corrigida de 1995), quando traduz
algumas vezes (Gn 37:35; Gn 42:38; Ec 9:10...)
por sepultura, este termo, ela acerta na NTLH (Nova Tradução na Linguagem de
Hoje), quando traduz, tanto Sheol, no hebraico, quanto Hades, no grego, por
"mundo dos mortos". O engraçado, é que não traduzem nunca Hades por
sepultura... Um outro fato que vemos, é que, no Livro dos Salmos (Sl 139:8b),
que diz da Onipresença de Deus, traduz-se na versão ARC o termo Sheol por Seol,
deixando, assim, neste versículo, uma neutralidade em sua tradução. Porém, na
versão ACF (Almeida Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica
Trinitariana do Brasil), este é traduzido por Inferno.
Nestes 3 exemplos,
vemos o seguinte. Primeiro, em Gênesis (Gn 37:35), que diz, não que ele iria
com tristeza, em sua velhice, para a sepultura, ou seja, morreria. Não, antes,
conforme se vê realmente, ele estaria em luto pelo seu filho José, até que
morresse, então, o encontrasse lá no Sheol, ou seja, o Mundo dos Mortos. Já em
outra parte de Gênesis (Gn 42:38), disse que, se Benjamim morresse (como
supostamente morreu José), ele não aguentaria mais viver, pois seus filhos José
e Benjamim, que lembravam Raquel, seu amor, teriam partido, então, ele não
encontraria mais motivo pra viver na Terra, mas morreria de desgosto, e então,
teria a oportunidade de revê-los no Seol, Hades, Inferno, ou, mais facilmente
compreendido, o Mundo dos Mortos.
E, por fim, em
Eclesiastes (Ec 9:10), não diz que, após a pessoa morrer, que na sepultura não
se trabalharia... Não, antes, é tão óbvio, que, realmente, não existe no
Inferno, e não sepultura, trabalho. Desde o tempo do Antigo Testamento, onde os
justos também estavam lá, porém, na divisão paradisíaca, chamada Seio de
Abraão, ou seja, um lugar do Inferno reservado aos justos (Lc 16:22). Mas, nos
tempos do Novo Testamento, depois que Jesus subiu aos Céus, hoje, os justos
descansam lá (Ef 4:8; 2Co 12:2,4), isto é, até a ressurreição deles. E era este
um lugar bom (Lc 16:25), porém, o Céu é melhor...
De fato, no Inferno
não se faz nada, senão estar em tormentos (Lc 16:23), e no Céu, não se faz mais
nada, senão, descansar das boas obras cristãs (Ap 14:13), lembrando, até a
ressurreição, onde os justos reinarão com Cristo (Ap 20:6), mas os ímpios,
junto com Satanás e seus demônios, o Anticristo e o Falso Profeta pagarão de
uma vez por todas, por toda a Eternidade (Ap 14:10,11; Ap 20:10).
A dificuldade desta interpretação
termina quando vemos que, Hades é o correspondente grego do hebraico Sheol. Na
versão ARC, vemos em Salmos (Sl 16:10) o termo Sheol ser traduzido por Inferno,
em contrapartida, vemos em Atos (At 2:27) o termo Hades ser traduzido por
Hades. Mas, na ACF esta dificuldade é eliminada, mediante o fato, que, também
em Atos é traduzido por Inferno.
E, se vê, por fim, que, o Sheol é sim o
Inferno: em Deuteronômio (Dt 32:22). Este, diz
que o Inferno é de fogo, lembrando justamente da situação do rico condenado (Lc
16:24).
Lembrando novamente, que, o Inferno é
diferente do Lago de Fogo (Ap 20:14). Um, é um lugar espiritual, e outro, um
lugar físico que existirá para todo o sempre, como um monumento da ira de Deus
contra o pecado, e uma representação, que, O PECADO NÃO COMPENSA.
Vamos morar para
sempre no Céu
Este não passa de um
terrível equívoco também. A Bíblia diz que, os Céus são do Senhor e a Terra,
Ele nos deu (Sl 115:16). Após o Juízo Final (Ap 20:11-15), o último de todos os
julgamentos, os Céus e a Terra serão renovados pelo fogo (2Pe 3:7).
Jesus tinha nos
prometido, primeiramente dizendo aos Seus discípulos, que, faria para nós
morada, e voltaria (Jo 14:2,3). Paulo nos diz, que, a Nova Jerusalém é uma
cidade celestial (Fp 3:20; Hb 11:10,14,16; Hb 12:22). A Palavra do Senhor
nos diz que a Cidade Santa descerá dos Céus até a Terra (Ap 21:2).
Mas a bênção não para por aí. Diz a
Palavra do Senhor que, não só o Senhor Jesus descerá dos Céus, pra viver na
Terra com toda raça humana, após a restauração dos Céus e da Terra (At
3:20,21), mas também o próprio Pai (Ap 21:3).
E, não só não
moraremos no Céu, e a Terra ficará deixada de lado, doutra maneira, como também
o Céu e a Terra serão uma coisa só, e se juntarão... Totalmente antibíblico.
Não haveria sentido ter os Céus e da Terra restaurados (Ap 21:1), se morassem
no Céu. Também, Ele prometeu que haveria de fazer esta renovação (Is
66:22).
Então, qual é o fim de
tudo? Haverá uma materialização do espiritual...
Um grande
fenômeno!
Tremendo!
Porém, nada contra os
irmãos de outras denominações, e os que estão na simplicidade da Fé, que creem
que morarão pra sempre no Céu... Mas, que é bom nos aprofundarmos na Fé, é!
Mas, detalhe, haverá um tempo sim que
moraremos no Céu: até a restauração dos Céus e da Terra. E, as almas e os
espíritos dos justos já estão morando no no Paraíso, que está no Céu, o
Terceiro Céu (2Co 12:2,4), desde que Jesus os tirou do Inferno para levá-los
pra lá (Ef 4:8-10), quando estavam na divisão
dos justos, o Seio de Abraão (Lc 16:22). No Arrebatamento, glorificados e
ressurretos moraremos lá (1Ts 4:16,17). Então, no fim, voltará tudo como era
desde o princípio, e ainda melhor!
Esta última parte teve
que ser dita, porque há também outro equívoco: que já desde o tempo do Antigo
Testamento, os justos já iam pro Céu...
Portanto, assim foi
dito, conforme a Verdade Bíblica! Pois, realmente, seria gostoso não conhecer
tudo da Bíblia, pois, se muitos conhecessem, tendo já estes conceitos prontos,
teriam um choque, e, o que faria? Buscariam interpretações plausíveis, pra não
perder a crença. O que é uma terrível tentativa de permanecer na ilusão...
Jesus mudou o nome de
Saulo para Paulo
Nunca tal falácia fora proferida pela
Palavra de Deus. Antes, vemos um fato histórico no seguinte: que judeus da
Diáspora (Dispersão) tenham tido (e ainda têm) 2 nomes, um, para sua origem
israelita, e outro, pro país onde habita ou nasceu. Em Atos, vemos que o fato,
não foi que Jesus mudou o nome de Saulo para Paulo, mas sim, que ele possuía 2
nomes como os judeus da diáspora (At 13:9).
Em suma, os gentios
conhecem o apóstolo por Paulo, mas os judeus sempre o conheciam por Saulo.
Saulo vem de Saul, e Saul, vem de Shaul, em hebraico, que significa, "o
que foi pedido", já Paulo, apelido romano de Saulo, que vem de Paulus, em
latim, significa, pequeno, anão.
Assim,
consequentemente, conhecemos, nós, os gentios, a este homem, como o apóstolo
Paulo, porém, os judeus o conhecem por Shaul Ha Shaliach.
Então, vemos que Paulo
nunca deixou de ser judeu para ser cristão, antes, ensinou um Cristianismo puro
do Judaísmo para os gentios, apesar de nunca ter perdido sua identidade. Até
porque, o Judaísmo Messiânico (exclusivo pra judeus) sempre existiu, desde a
pregação de Pedro, enquanto o Cristianismo livre do Judaísmo (exclusivo pra
gentios, ou seja, os não cristãos), desde a pregação de Paulo (Gl 2:7,8). Darei
mais detalhes sobre a relação da Lei Mosaica e o Cristianismo noutro tópico
vindouro...
E, também, a Bíblia nunca afirmou que
Paulo fosse um soldado romano, um oficial (como dizem, e se baseiam em
tradições da Igreja Romana, a Católica), como muitos dizem. Antes, a única
coisa que ele tinha de romano, era a sua cidadania romana, adquirida por
herança dos pais (At 22:25-29). E também, outro
detalhe, é que ele diz que sempre foi solteiro (1Co 7:7,8), nunca afirmou que
foi casado... Apesar de que, nem por isso condena o casamento, como querem os
católicos dizer que isto é uma condição para os sacerdotes cristãos, o que é
contrário à Bíblia, e é doutrina demoníaca (1Tm 4:1-3a)... O que Paulo não diz
que é proibido, antes, é totalmente lícito (1Co 7:2,9), e ele ainda exorta os
sacerdotes a serem casados, desde o menor até ao maior (1Tm 3:1-13)... Porém, é
uma exortação, não uma regra, afinal, diz a Palavra do Senhor que o solteiro
cuida melhor das coisas do Senhor, ficando, assim, a critério da pessoa ver o
que fará da sua vida... E Deus o quis desde o princípio (Gn 2:18)...
Por fim, vemos também
que Paulo nunca deixou de ser judeu... Até porque, é graças ao Judaísmo que
temos o Cristianismo...
José e Maria eram ricos, e Jesus,
consequentemente
Toda esta confusão principia em alguns
interpretarem de forma errônea o que Paulo disse aos coríntios em sua segunda
carta (2Co 8:9), a qual, diz que Cristo, sendo
rico, se fez pobre por amor de muitos. Porém, isto não parece absurdo, mediante
o fato de que, desde a Eternidade, como o Verbo (Jo 1:1), e, consequentemente,
Deus (Jo 1:1), Ele era o Dono do ouro e da prata (Ag 2:8). E também, que era
Dono dos Céus e da Terra, e tudo quanto neles há (Sl 24:1; 1Co 10:26; Dt
10:14).
Até então, não parece
dificultoso esta verdade ser entendida. Isto facilmente é refutado
mediante Levítico (Lv 12:1-4,8), que diz, justamente a condição de Maria, e, consequentemente
isto é amostrado em Lucas, que, ela deu justamente a oferta conveniente a uma
mulher pobre (Lc 2:21-24).
Não são poucos os que,
para defenderem a Teologia da Prosperidade (não que Deus não possa prosperar
algum filho Seu, porém, a Teologia da Prosperidade fala de tal forma, que,
parece que perdem o foco da Eternidade, querendo se apegar, tão-somente às
coisas terrenas), usam de artifícios, como, dizer que, José, e seu Filho
adotivo Jesus, eram carpinteiros, mas, não no sentido literal, daquele que
trabalha com madeira, mas sim, de um artesão que trabalha com todo tipo de
material além da madeira, como, por exemplo, com pedras, metais, etc.
Alguns, para
descaracterizar o significado da palavra carpinteiro, em favor da Teologia da
Prosperidade, dizem que carpinteiro e marceneiro são palavras diferentes. De
fato, o propósito de um e de outro, são diferentes, mas, AMBOS TRABALHAM COM
MADEIRA.
Qual é a diferença entre ambos? Se
trabalha com madeira ou não? De forma nenhuma, pois isto não passa de equívoco.
O carpinteiro ele monta móveis, ferramentas, artigos para construção civil,
construção naval, entre outros, se utilizando da madeira (e nada mais). Já o
marceneiro, ele transforma a madeira (e nada mais) em um objeto útil e
decorativo, de uma forma artesanal, trabalhando principalmente com laminados
industrializados, como compensado, aglomerado, MDF, laminado melamínico, folhas
de maneira, etc.
Sendo assim, tanto
Jesus (Mc 6:3), quanto José (Mt 13:55,56), eram carpinteiros que trabalhavam
com madeira. Desta forma, não há margem nem brecha para se dizer que estes eram
ricos, pois, de fato, produções feitas da pedra ou do metal, poderiam render em
muito lucro. Pois não eram materiais tão nobres quanto os feitos das pedras e
metais.
Mas, vemos que não era
assim, e, de fato, esta família era pobre.
Mas, em contrapartida,
vemos que, primeiro, Jesus, ao ensinar sobre o desapego às coisas terrestres, e
Paulo, igualmente, não quer dizer que estes nos proíbam de ter riquezas
materiais. Antes, ensina a não termos amor a Mamom (Mt 6:24; Lc 16:13), que
seria um ídolo representando o dinheiro, a ser uma pessoa avarenta, pois a
Bíblia diz que a avareza é idolatria (Cl 3:5d), de fato, uma idolatria ao
dinheiro, e, acima de tudo, ao demônio Mamom, e, também, a ser uma pessoa tão
apegada ao dinheiro, quanto o jovem rico, que, contristado, recusa o convite do
Senhor (Mt 19:16-22; Mc 10:17-22; Lc 18:18-23). Aaah, e outra: deve-se analisar
o que Jesus quis dizer com "quão dificilmente entrarão os que têm riquezas!"
(Mc 10:23). Ele não diz que é ruim ser rico, mas sim, o confiar nas riquezas
(Mc 10:24). Por isso, analisando-se o contexto de tudo, Paulo conclui
dizendo, que, "o amor ao dinheiro, é a raiz de todos os males" (1Tm
6:10), diferente da versão decepada do texto, que, muitos ignorantes relatam,
que, diz assim: "o dinheiro é a raiz de todos os males"...
O dinheiro pode ser
tanto usado em nosso favor (Gn 3:19; 2Ts 3:10-12), quanto pelo próximo,
mas, com humildade, claro, sem exibicionismo (Mt 6:1-4; Gl 6:9,10; Ef
4:28), quanto pela obra do Senhor (Ml 3:10; 2Co 9:7)... Não que isto é mister
ser feito para a Salvação, pois a Salvação é pela Graça, não pelas obras (Ef
2:8,9). Mas, o salvo faz obras. E quando faz as obras, está também fazendo para
o Senhor Jesus (Mt 25:35-40). Portanto, o dinheiro tem sim a sua importância,
contanto que, não venhamos a nos intrometer em heresias...
Então, é isto, amados! Que a Paz do Senhor esteja convosco! Amém!
Então, é isto, amados! Que a Paz do Senhor esteja convosco! Amém!